Neymar foi apresentado no Santos dia 31 de janeiro (Foto: Raul Baretta / Santos FC)

Na noite da última segunda-feira (17), durante reunião do Conselho Deliberativo, o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, explicou detalhes sobre a chegada de Neymar e os impactos financeiros da operação. O atacante foi contratado em janeiro e tem vínculo com o clube até o final de junho deste ano.

“A operação Neymar é clara. O aumento do quadro associativo gera receita, mas essa receita não está incluída no projeto da vinda do jogador. O mesmo vale para as receitas do site, do crescimento de seguidores e dos produtos da Santos TV, que trazem benefícios ao clube sem estarem diretamente ligadas ao projeto. O que está incluído são os parceiros e empresas que chegam com Neymar, criando novas alternativas de receita para o Santos. Um exemplo é a camisa 10, que antes era oferecida pelo marketing por R$ 500 mil, mas foi negociada por US$ 1 milhão devido à presença do jogador. Nesse acordo, 75% do valor é destinado a Neymar, e 25% ao Santos”, afirmou.

O presidente também ressaltou que os benefícios ao clube não se limitam ao período do contrato atual. Ele afirmou que, além do impacto financeiro imediato, a presença de Neymar abre novas possibilidades comerciais para o Santos, com produtos e propriedades que podem continuar gerando receitas mesmo após o fim do vínculo do jogador. Além disso, destacou que o clube vive um momento de reconstrução e que os investimentos proporcionados pela operação são fundamentais para fortalecer a estrutura da equipe.

“Essa comercialização foi por apenas seis meses? Não. Há um benefício claro para o Santos. Queremos que Neymar permaneça? Lógico que sim, até a Copa do Mundo, se possível. Com sua presença no Brasil, novos produtos e propriedades continuarão surgindo, gerando mais oportunidades. Os benefícios são diretos ao Santos, tanto pelo acordo firmado quanto pelas melhorias já em andamento na estrutura do clube. Tudo isso pode ser dimensionado financeiramente, pois são investimentos que o Santos, hoje, não teria condições de fazer. A realidade é que o clube está em um processo de reconstrução”, disse o presidente.

Teixeira explicou que os parceiros do jogador estão contribuindo diretamente para projetos estruturais do Santos. Ele afirmou que essa exigência foi feita pela gestão para garantir que a chegada do atacante trouxesse benefícios duradouros ao clube, independentemente do tempo que ele permanecer na equipe. As melhorias já foram iniciadas e envolvem tanto o centro de treinamento quanto a Vila Belmiro.

“Não há custo ou contrapartida do clube. Pelo contrário, a gestão exigiu — no bom sentido, pois não há obrigação — que os parceiros de Neymar direcionassem parte do apoio para projetos do Santos. Isso já ocorre no CT Rei Pelé, nas melhorias da Vila Belmiro e continuará ao longo do período, incluindo reformas no vestiário e no gramado”, falou.

Sobre a situação do estádio, o presidente esclareceu que as obras na Vila Belmiro seguem independentes da parceria com a WTorre para a construção de uma nova arena. Enquanto o projeto da nova casa do Santos não avança, o clube seguirá utilizando e mantendo o estádio atual.

“Essas melhorias são independentes da parceria com a WTorre, pois o Santos segue utilizando seu estádio até que a parceria seja concretizada. Assim, a manutenção da Vila Belmiro continuará sendo feita, independentemente de sua futura demolição”, completou Marcelo Teixeira.

A permanência de Neymar no clube após o fim do contrato ainda não está definida, mas o presidente deixou claro que o Santos seguirá explorando as oportunidades geradas pela presença do jogador e que os impactos financeiros da operação vão além do período inicial do acordo.