
Neymar foi titular em amistoso contra o RB Leipzig (Foto: Reinaldo Campos / Santos FC)
Capitão do Santos desde seu retorno ao clube, Neymar se pronunciou sobre o momento delicado vivido pelo clube no Campeonato Brasileiro. Com duas vitórias em dez jogos, o camisa 10 reconheceu a insatisfação dos torcedores, mas afirmou que o grupo tem qualidade suficiente para sair da parte de baixo da tabela.
“Com certeza, a gente tem elenco para isso. Óbvio que o lugar que a gente está hoje não é legal para ninguém. Os torcedores estão chateados, bravos, de estar vivendo isso novamente. Nós, jogadores, mais ainda, porque a gente sabe do elenco que a gente tem, não é para estar nesta situação, com certeza”, disse Neymar.
Na visão do atacante, a responsabilidade é totalmente dos atletas. Ele evitou desculpas e pediu atitude nos próximos compromissos do Peixe.
“Depende de nós. Depende somente dos jogadores. Por mais que os torcedores fiquem nervosos, bravos, eles não vão entrar em campo para solucionar nada. Somos nós que temos de ter vergonha na cara e jogar futebol que a gente sabe. Se todo mundo jogar o futebol que a gente sabe, com certeza o Santos pode estar lá em cima”, completou.
Neymar evitou falar sobre a renovação de contrato com o clube. O vínculo atual vai até 30 de junho, depois da disputa da Copa do Mundo de Clubes, marcada para o dia 12. Questionado, o jogador respondeu de forma breve: “Fortaleza é o último jogo antes do fim do meu contrato. Até lá não vou falar nada”.
Recuperando-se fisicamente após duas lesões na coxa esquerda desde que voltou ao Santos, Neymar admitiu que o receio de se machucar novamente ainda existe. Ele revelou que vem evitando certos movimentos e escolhendo melhor as jogadas durante os jogos.
“Óbvio (dá medo no retorno). Quem já passou por uma situação ruim já sabe. O Lasmar já tinha me comunicado que eu teria muitas lesões, ‘isso não pode te afetar psicologicamente’. Me preparei muito. Por mais triste que seja, tive de me preparar bastante. Com certeza nesses jogos eu venho poupando, escolhendo as jogadas certas para fazer, dá aquele medinho de sentir de novo. E é uma coisa que eu não quero. Mas não é uma coisa que eu controlo. Faz parte. Todo atleta, quando está nesta situação, escolhe as boas jogadas. Estou trabalhando para estar 100% fisicamente”, finalizou.