Alexandre Gallo é o novo coordenador de futebol do Santos (Crédito: Divulgação)

Três dias após anunciar a contratação do técnico uruguaio Diego Aguirre, apresentado nesta quarta-feira, o Santos anunciou a contratação de Alexandre Gallo para a vaga de coordenador de futebol. O substituto de Falcão, no entanto. já foi crítico ao que chamou de “modismo” pela contratação de técnicos estrangeiros no Brasil.

“Eu penso que treinador não tem passaporte. Já tive a possibilidade de trabalhar no Japão, na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes e sempre fui muito bem tratado. Os treinadores brasileiros sempre foram importantes nas suas conquistas. Acho que é uma questão de momento. Acho que virou uma moda muito grande depois do Jorge Jesus, que veio e fez um grande trabalho, mas nenhum treinador chegou no Brasil ou em Portugal com o nível de investimento que ele chegou aqui. Eles chegam aqui em uma condição que nós não temos, um contratado mais abastado e uma multa maior que a nossa”, afirmou Alexandre Gallo, em entrevista ao programa Nossa Área, da Rádio Bandeirantes, em agosto de 2021 (veja abaixo).

Dos 20 times do Campeonato Brasileiro de 2023, nada menos do que 13 são comandados atualmente por técnicos estrangeiros. São sete portugueses, casos de Bruno Lage (Botafogo), Abel Ferreira (Palmeiras), Pedro Caixinha (Red Bull Bragantino), Pepa (Cruzeiro), Antonio Oliveira (Cuiabá), Renato Paiva (Bahia), Armando Evangelista (Goiás). São cinco argentinos, casos de Jorge Sampaoli (Flamengo), Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza), Eduardo Coudet (Internacional), Ramón Díaz (Vasco) e Fabián Bustos (América-MG). Além do uruguaio Diego Aguirre, no Santos.

““Essa fragilidade é uma coisa de momento. Não sou absolutamente contra, mas acho que é um exagero muito grande. Acho que a tendência é que volte ao normal porque é uma situação sem pé nem cabeça por tudo que nós já fizemos pelo futebol brasileiro”, afirmou Gallo, em agosto de 2021.

O novo coordenador de futebol do Santos estava trabalhando como treinador. Neste ano, dirigiu o Cianorte no Campeonato Paranaense, chegando às quartas de final (eliminado pelo Maringá) e depois o Londrina, onde ficou por apenas cinco partidas antes de ser demitido (uma vitória, um empate e três derrotas. O último trabalho como executivo de futebol aconteceu no Atlético-MG, em 2018.

Confira a entrevista de Gallo a partir do minuto 32:00