Documento ainda precisará passar pela aprovação do Conselho Deliberativo (Crédito: Diário do Peixe)

O Santos está reformulando o Estatuto do clube com ajuda um escritório que fez estatuto de clubes como São Paulo, Atlético Paranaense, Atlético Mineiro e Coritiba. O objetivo do processo é dar maior fluidez ao clube, deixando a “caneta na mão” do presidente para as despesas mais baixas, que correspondem a quase 80% do dia a dia do clube. O documento passou pela Comissão de Estatuto e precisará de aprovação no Conselho Deliberativo

Entre as principais mudanças um artigo apelidado de anti golpe. Nele o vice-presidente, que antes não poderia ser reeleito como presidente, passa a ser elegível mesmo após dois mandatos como vice, prazo-limite para uma mesma gestão no Santos. Antes não apenas o presidente, mas também o vice ficava inelegível mesmo para outro cargo.

Além disso, o antigo o Comitê de Gestão passará a ser chamado Comitê de Administração e a Diretoria Executiva, que hoje conta com quatro cadeiras, passará a ser prevista em Estatuto, o que não acontece hoje, e terá até seis cadeiras, sendo obrigatoriamente uma para o financeiro e outra para o futebol. Os executivos não poderão ter outro emprego, remunerado ou não, e um dos seis poderá até ser um CEO, um espécie de encarregado do presidente para comandar o clube.

O Comitê de Administração segue com nove membros, sendo cinco conselheiros e dois membros indicados pelo presidente que sejam de mercado, sendo esses assalariados desde que cumpram suas obrigações no clube, além do presidente e vice. Os membros de mercado não precisam ser sócios do Santos, mas não podem pertencer a Diretoria Executiva e nem ter participado de forma remunerada dos últimos três anos da gestão do clube.

Outra mudança é que o presidente poderá ser remunerado desde que não tenha outro emprego e cumpra alguns outros critérios. Com o novo Estatuto, o mandatário máximo do Peixe terá a caneta na mão, mas com algumas cláusulas impeditivas para transações muito altas, como forma de proteção ao patrimônio santista.

As transações de jogadores que não ultrapassem 20% do arrecadado pelo Santos no ano anterior não precisarão passar pelo Comitê de Administração, as demais sim. Para as despesas do dia a dia, o presidente poderá aprovar valores que cheguem até 0,05% do arrecadado, acima disso será obrigatório o processo licitatório (com três orçamentos registrados). O novo Estatuto também desaprova operações financeiras que ultrapassem 4% das receitas obtidas no ano anterior sem que passe pela aprovação do Comitê de Administração.