Em 7 de setembro de 1956, Pelé fez seu primeiro jogo oficial pelo Santos (Foto: Divulgação / Santos FC)

Em um amistoso no dia 7 de setembro de 1956, entre Santos e Corinthians de Santo André, surgiu a chance tão esperada. O técnico Lula deu a oportunidade para um garoto franzino de 15 anos, cujo chamado de Pelé, de estrear em uma partida oficial pelo clube alvinegro. O Peixe goleou pelo placar de 7 a 1, e aquele jovem que na época estava jogando com a camisa 15, ajudou sua equipe marcando um dos gols na goleada.

E foi ali, na cidade de Santo André, no ABC Paulista, que Edson Arantes do Nascimento, deu seus primeiros passos no esporte bretão. Esporte esse conhecido como futebol, criado pelos ingleses, mas revolucionado por Pelé, que fez da Vila Belmiro o seu castelo para conquistar o mundo com toda sua magia com a bola nos pés e ser chamado de o Rei do Futebol. 

A estreia de um Rei

O jogo disputado no Estádio Américo Guazzelli, no dia 7 de setembro de 1956, era válido pelo Troféu Independência, oferecido pela Prefeitura de Santo André. Então convocaram o Santos para disputa deste torneio amistoso, já que o Peixe era o atual campeão paulista.

O Santos do técnico Lula, foi escalado com a seguinte formação: Manga, Hélvio e Ivan (depois Cássio); Ramiro (Fioti), Urubatão e Zito (Feijó); Alfredinho (Dorval), Álvaro (Raimundinho), Del Vecchio (Pelé), Jair Rosa Pinto e Tite.

A equipe litorânea dominou a partida e só na primeira etapa abriu um sonoro 4 a 0. Na volta do intervalo, Del Vecchio marcou o quinto do Santos e foi então que o técnico Lula resolveu descansar seu artilheiro, para poder entrar o garoto que os mais velhos apelidaram “Gasolina”, pela rapidez com que corria atrás da bola nos treinamentos.

E foi assim, correndo de um lado pro outro, com ou sem a bola, mostrando sua agilidade, que o estreante se colocava sempre como uma boa opção para o passe. Então aos 37 minutos, quando o ponta-esquerda Tite foi até a linha de fundo e cruzou para trás, o jovem estreante dominou e bateu para fazer o seu primeiro gol na carreira. Mal ele sabia, que ainda marcaria outros 1281 gols na carreira.

O Corinthians Andreense chegou a diminuir o placar para 6 a 1, mas antes do apito final, Jair Rosa Pinto definiu o resultado de 7 a 1 para o Santos. Após esse jogo, o Peixe emplacou 13 jogos de invencibilidade e se tornou bicampeão paulista (55-56).

Um Rei “ignorado”

O jovem Pelé ainda era pouco conhecido, na época, era apenas mais um garoto estreando pelo Santos. A prova disso é que na escalação do time os jornais grafaram seu nome como “Telé”. Além disso, o distraído representante da Liga Santoandreense de Futebol, Nelson Cerchiari, anotou nas estatísticas da partida, que o sexto gol santista foi de autoria de um jogador que estava no banco de reservas e nem participou da partida. O engano só foi corrigido nos vestiários, quando Del Vecchio alertou Cerchiari do engano.

Quase emprestado 

Pelé era reserva de um grande meia-esquerda chamado Vasconcelos, o Santos já pensava em emprestar o jovem para outros clubes, para que ele ganhasse experiência. 

Mas Vasconcelos sofreu uma fratura de fêmur, em dezembro, que lhe afastou dos gramados por um longo tempo. Então, o Santos decidiu por manter Pelé na equipe. Mesmo assim, o futuro Rei do Futebol só se firmou no ataque alvinegro no início de 1957, durante uma excursão no Sul do País.

A Majestade 

Os números da carreira de Pelé são absurdos e incríveis, diversos títulos, mais de mil gols e brilhando com a bola nos pés, se tornando uma das figuras mais conhecidas no mundo. Só pelo Santos, foram 1.091 gols, em 1.116 jogos. Além de ter conquistado 48 títulos com a camisa alvinegra.

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