A relação do cantor Supla com o Santos nasceu no berço. O avô do artista fez parte do grupo que fundou o clube em 1912 e chegou a jogar pelo Peixe nos primeiros anos de sua história. O pai, o ex-senador Eduardo Suplicy, manteve a paixão da família pelo glorioso alvinegro praiano. Supla também contou com a ajuda de um vizinho para seguir a tradição familiar.
“Muita gente não sabe, mas meu avô foi um dos primeiros jogadores do Santos. Não era bom de bola, mas era um dos fundadores. Meu pai sempre me levava para o estádio. Me lembro de um jogo em que a gente foi entre Santos e Portuguesa, que o Armando Marques errou a contagem dos pênaltis e acabou dividindo o título (Paulista de 1973). Vi o Pelé jogar. Vagamente, mas me lembro da cena. Depois morei nos Estados Unidos. Quando voltei para o Brasil, meu vizinho, além de gostar de Beatles, David Bowie, também era santista. Então, o pai dele também levava a gente no estádio quando meu pai não podia levar. Aí que vem toda minha paixão pelo Santos”, explicou o cantor, em entrevista exclusiva ao DIÁRIO.
Supla nasceu em 66. Como ele disse, pegou ainda menino a despedida de Pelé dos gramados. Depois, vibrou muito com a primeira geração dos Meninos da Vila e ainda mais com o título brasileiro de 2002 diante do Corinthians. Por isso, os ídolos são distribuídos por várias décadas.
“O Santos tem muitos ídolos. O Pelé nem precisa falar, é o maior de todos. Mas o Edu, camisa 11, era Animal. Gostava muito do Ailton Lira, do Juari, do Pita, dos Meninos da Vila João Paulo, Nilton Batata, logicamente Diego e Robinho, depois Neymar, Ganso e André. Para mim (Neymar e Ganso) deveriam ter ido para a Copa do Mundo (2010), mas o técnico lá do Sul, esqueci o nome dele, preferiu levar os amigos do churrasco e não deu certo, professor. Sem contar Clodoaldo, Pepe, tiro de canhão, Coutinho mesmo”, lembrou.
O jogo inesquecível do Santos para Supla foi a final do Campeonato Brasileiro de 2002, com as oito pedaladas de Robinho e o título sobre o rival Corinthians. O último jogo que ele viu no estádio também foi um clássico, contra o Palmeiras, pouco antes da paralisação do Paulistão pela pandemia do coronavírus.
“Olha que o Santos jogou melhor que o Palmeiras, mas empatou”, lembra o cantor, que tem uma relação muito próxima com o clube e sempre é convidado para participar de eventos do Santos. Neste ano, ele já fez uma apresentação na Vila Belmiro no intervalo de uma das partidas do clube.
“Me deu uma emoção muito grande. Esse ano cantei uma música minha na Vila Belmiro com o meu guitarrista e foi “da hora”, curti bastante. A Vila Belmiro é meu lugar favorito. Tem um cantinho ali no lado esquerdo que é meio privado, onde ficam o Edu, Clodoaldo, os caras ficam ali, dá a maior emoção ficar do lado dos caras. Minha relação com o clube é muito boa. Só quero que eles ganhem títulos e que a gente possa comemorar muito”, completou.
*A Seção O Peixe é Pop é publicada todo sábado com um artista santista
Uma pergunta de um torcedor santista há muito tempo.: o que foi feito da Chácara Nicolau Moran???? ao invés de publicarem notícias da oposição , gostaria de saber a situação atual da Chácara. Será q alguém pode me responder??????
Nada. Segundo o clube, lá não tem condições de receber nada atualmente. Tentaram algo no início da gestão, mas não andou.