Pedro Caixinha sofre sua segunda derrota seguida no Santos (Foto: Raul Baretta / Santos FC)

O técnico Pedro Caixinha comentou a situação do Santos após a derrota para o Velo Clube por 2 a 1, neste sábado (25), no Benitão, pela quarta rodada do Campeonato Paulista 2025. Esse foi o terceiro jogo consecutivo sem vitória na competição. Em sua análise, o treinador afirmou que o momento exige paciência e reforçou que o time ainda carrega traços do trabalho anterior, comandado por Fábio Carille em 2024.

Ele também destacou que, apesar das dificuldades, a equipe deve seguir confiante no processo de reconstrução. Caixinha reconheceu o momento difícil, mas pediu calma para que o time supere os desafios e avance em sua nova proposta de trabalho. O técnico destacou que há uma transição em curso, com mudanças que ainda estão em fase inicial.

“Estamos tristes, mas calmos e tranquilos do que chamamos de dores do crescimento. Há uma ligação ainda com o passado, há algumas dúvidas sobre o processo, mas neste momento temos de continuar em frente, mais convictos do que queremos, e sem dúvidas de que vamos construir”, afirmou.

O treinador também explicou os motivos por trás da escolha de uma escalação alternativa para a partida contra o Velo Clube. Segundo ele, a decisão foi tomada para preservar atletas que já acumulavam alto desgaste físico e também para aproveitar a oportunidade de observar outros jogadores em ação. Cinco atletas formados na base iniciaram o jogo como titulares.

“Hoje usamos uma escalação completamente alternativa, tinha a ver com jogadores que já tinham muitos minutos, desgaste e sobrecarga, e não queríamos submetê-los a sobrecarga maior e até lesão. Por isso fizemos alterações, cinco meninos da Vila iniciaram o jogo. Nos permitiu conhecer ainda mais o elenco. A partir de segunda, vamos iniciar um ciclo totalmente novo em tomadas de decisão e no passo em frente ao processo que nos trouxe aqui. Sabíamos que existiriam dores do crescimento, temos de suportá-las pensando no que será o futuro”, continuou.

A falta de um time-base, ponto importante no desenvolvimento de um elenco competitivo, foi mencionada por Caixinha. Ele apontou que o estágio inicial do trabalho e as circunstâncias enfrentadas até aqui dificultam a consolidação de uma equipe titular, mas ressaltou que as partidas têm sido importantes para avaliar os atletas e sua adequação à nova filosofia do clube.

“Acredito em ter um time-base e trabalhar a competitividade, mas, neste momento, com pouco trabalho e com nossas opções, não tem sido fácil. Temos tido possibilidade de ver os jogadores em ação, embora alguns não por tantos minutos, nos permite ter uma ideia em competição dos jogadores, se encaixam na direção que queremos para o Santos, pensando na história do clube e na filosofia”, completou o português.

Por fim, o técnico destacou a evolução do processo ao longo das quatro rodadas do Paulistão e reforçou a confiança de que as decisões a partir de agora serão mais acertadas. Ele também pediu calma à equipe e à torcida, afirmando que o trabalho seguirá em busca de uma equipe competitiva.

“Queremos uma equipe intensa e muito competitiva. Depois destas quatro rodadas, a clareza é maior. As decisões são tomadas com mais informações, serão mais acertadas. Agora é momento de manter calma, tranquilidade, amanhã (domingo) desfrutarem o dia livre, sem vergonha nenhuma, sabendo que faremos uma grande equipe para a torcida”, finalizou.