O ex-atacante Pepe, do Santos, compareceu na Vila Belmiro, na manhã desta terça-feira, para acompanhar o velório de Coutinho. O ídolo recordou histórias com seu amigo e afirmou que é uma perda irreparável para a história do futebol.
Coutinho faleceu na noite de segunda-feira, na casa de sua filha, na Baixada Santista. O sepultamento ocorrerá às 17 desta terça.
“As tabelinhas com Pelé ficaram marcadas para sempre. Nasceram ali as tabelas no futebol. Santos teve outros grandes centroavantes como Pagão e Toninho Guerreiro, mas Coutinho foi o maior de todos. Não havia tempo ruim. Uma lacuna difícil de ser preenchida e nosso coração está de luto, o Santos também. Nosso amigo de sempre merece descansar em paz. Estamos muito triste, fez parte do nosso grande ataque, que me orgulho e eu era o único cara pálida de uma crioulada fantástica”, explicou.
“Coutinho era um cara alegre. Vou contar uma história boa. Estávamos em uma excursão na Alemanha. Em uma noite de folga, fomos dançar um pouco num clube. Ele dançava, eu não. Tínhamos direito a uma música. Garçom recolhia para a orquestra. Pedi a minha e tocou. E meia hora depois a do Coutinho não. Ele pediu “Neguinho e a Senhorita” (da Elza Soares). Não ia tocar nunca (risos). A gente se sentia bem ao lado dele. Um moleque de 15, 16 anos, mas com categoria. Quem mais entendeu o Pelé, só pelo olhar. Chegou a hora dele. Uma perda irreparável”, disse.
Pepe atuou com Coutinho entre a década de 50 a 60. Ele parou sua carreira no campo em 69 para comandar o Santos até o fim dos anos 80.
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