Diogo Vitor foi pego no exame antidoping realizado após partida do Paulistão contra o Botafogo (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O presidente José Carlos Peres revelou na manhã desta sexta-feira, no evento de apresentação do novo patrocinador do Santos, que o meia Diogo Vitor assumiu que errou. No mês passado, o jogador foi pego no exame antidoping e a substância apontada foi um dos compostos da cocaína. A princípio, o estafe de Diogo Vitor, que está preventivamente afastado do clube, negou que o atleta tivesse feito uso da droga.

“Ele é um patrimônio do clube e um ser humano. Ele não matou ninguém. Ele transgrediu uma norma e assumiu. Já aceitou essa transgressão. Isso é importante. Pra você recuperar alguém, a pessoa tem que aceitar o erro. O clube vai apoiá-lo na recuperação. Não passamos a mão na cabeça, é inadmissível um atleta fazer o que ele fez.”

Assim, o problema do antidoping se soma à já extensa lista de problemas do meia no Peixe. Ainda nas categorias de base, foram três sumiços de Diogo Vitor. Em um deles, inclusive, o jogador disse que a avó havia falecido, mas o Peixe ligou para a casa do atleta e a própria avó atendeu ao telefone.

“É um problema social. Diogo veio com 12 anos pro Santos. Ele perdeu a mãe. Precisa muito mais de apoio do que de massacre. Droga não é fácil, mas ele quer se recuperar. Ele precisa de ajuda. Não vamos deixar de protegê-lo, mas protegê-lo das drogas, não do erro. Se ele errou, ele vai cumprir. Temos que recuperar o cidadão, independentemente de ele continuar jogando bola ou não, mas drogas não.”

O Santos precisou montar uma operação para renovar o contrato de Diogo Vitor no início do ano. Com o vínculo anterior perto do vencimento e diante de mais um sumiço do jogador, o Santos enviou um representante ao interior de Minas Gerais, terra natal de Diogo, para encontrá-lo e trazê-lo de volta a Santos. Segundo os empresários, o jogador tinha proposta do Real Madrid B. No entanto, após alguma novela, o Peixe chegou a um acordo para renovação.