O teste positivo para Covid-19 de Alison preocupou os torcedores santistas tanto pela situação do volante, quando pelo temor de novos casos antes da final da Copa Libertadores.
O superintendente de esporte do Peixe, Felipe Ximenes, participou do programa Bola do Jogo, da Rádio Ômega, e falou sobre o assunto.
“É uma situação muito delicada. A gente fica até um pouco aliviado por ter manifestado os sintomas agora (no Alison). Pode cumprir a quarentena e ter uma semana de treinamentos para o Palmeiras. Gostaria de algo mais efetivo para proteger os atletas, mas seria uma bolha de 13 dias, com três jogos para fazer. É uma situação delicada. Cumprimos todos os protocolos, mas são situações que estão todos sujeitos”.
Alison desfalcará o Peixe nas próximas três partidas do Campeonato Brasileiro, diante de Fortaleza, Goiás e Atlético-MG. A quarentena acaba no dia 25 de janeiro, dia anterior ao confronto contra o Atlético-MG. Contudo, voltando de isolamento sem ritmo de jogo, o meio-campista não deve ser relacionado para o confronto.
Pelos protocolos da Conmebol e para poder ficar à disposição do técnico Cuca para a final da Copa Libertadores, Alison ainda precisa testar negativo para o coronavírus dias antes da decisão, que ocorrerá dia 30, no Maracanã. A comissão técnica do Peixe acredita que poderá contar com o jogador no duelo contra o Palmeiras.
Cumpriram todos os protocolos? As imagens dos vestiários mostram os jogadores sem máscara, aglomerados e gritando, confinado sem um espaço fechado. O Alisson e o Para aparecem gritando palavras motivacionais no círculo formado pelos jogadores. O pregador físico idem. Pode ser que isso seja positivo na motivação, mas aquele spray de saliva se propaga por vários metros. O Cuca sempre aparece em conversas ao pé do ouvido com os jogadores, fazendo a ligação entre todos os jogadores. Numa situação assim, se um deles estiver contaminado, o vírus vai se espalhar por todo o grupo. A única proteção e a ajuda divina dos deuses do futebol porque até a comissão técnica e os dirigentes que deveriam estar atentos ao risco também aparecem interagindo com os atletas sem usar máscara. O fato de conviver diariamente com uma pessoa não quer dizer que ela não seja um vetor do vírus. Se o comportamento dessa galera se repetir fora do âmbito do clube, fica impossível impedir que o vírus circule livremente no grupo de jogadores. Falta disciplina, mesmo que seja por um período de apenas algumas semanas, e o pior é que mesmo os que já pegaram podem ser reinfectados.