Pedro Caixinha tem 33% de aproveitamento no comando do Santos (Foto: Raul Baretta / Santos FC)

O início de temporada do Santos está abaixo das expectativas, mesmo com o retorno de Neymar. Após a derrota por 2 a 1 para o Corinthians na última quarta-feira (12), a pressão sobre o técnico Pedro Caixinha cresceu internamente. Pessoas próximas ao presidente Marcelo Teixeira e membros do Comitê de Gestão defendem a troca imediata no comando, temendo que o time fique fora da fase mata-mata do Campeonato Paulista.

O Peixe ocupa atualmente o terceiro lugar do Grupo B, posição que o deixaria fora das quartas de final e, consequentemente, da Copa do Brasil de 2026. No entanto, Marcelo Teixeira resiste às pressões e mantém a confiança em Caixinha. O presidente acredita que o atraso na montagem do elenco prejudicou o treinador e enxerga evolução na equipe, mesmo com as dificuldades. Sua intenção é manter o técnico pelo menos até o fim da primeira fase do Paulistão, quando poderá inscrever novos jogadores. 

O Santos encerra a primeira fase do Estadual no dia 23 de fevereiro, diante da Internacional, em Limeira.

Marcelo Teixeira Filho, conselheiro e um dos responsáveis pela chegada de Caixinha ao clube, também defende a permanência do treinador. Ele entende que o time ainda precisa de tempo para se adaptar ao estilo do português, que reforços serão essenciais para a sequência da temporada e para que o treinador tenha novas peças para montar sua equipe.

Apesar da pressão externa, o ambiente no elenco segue tranquilo e profissional, sem sinais de “panela” contra o treinador. O DIÁRIO apurou que não existe queixas sobre os horários das atividades. No entanto, há questionamentos sobre a metodologia de trabalho. Grande parte dos treinamentos tem sido físicos, técnicos e táticos em campo reduzido, focando no perde-pressiona e na intensidade. Porém, sessões táticas mais amplas, voltadas para o entrosamento coletivo, são menos frequentes. 

Caixinha costuma dividir os treinamentos por setores – defensivo, meio-campo e ataque –, o que reduz o tempo de ajustes com a equipe completa. Trabalhos táticos gerais acontecem pontualmente, de acordo com o adversário. Foi o caso da preparação para o clássico contra o Corinthians, quando o técnico ensaiou a formação com três zagueiros.

Com apenas nove pontos conquistados em 27 possíveis, o Santos tem 33% de aproveitamento no Paulistão e precisa reagir para garantir a classificação. O próximo desafio será contra o Água Santa, no domingo (16), às 20h30, na Vila Belmiro.