
Público que acompanhou a partida entre Santos e Vasco Sub-20 (Foto: Reinaldo Campos / Santos FC)
O árbitro Guilherme Francisco Maciel da Silva e Rosario acionou o protocolo antirracista durante a partida entre Santos e Vasco, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro Sub-20, duelo disputado na tarde desta quarta-feira (21) na Vila Belmiro. O jogo foi interrompido aos 13 minutos do segundo tempo após denúncia de ofensas racistas vindas da arquibancada.
De acordo com a súmula da partida, o goleiro Phillipe Gabriel e o atacante Lyncon, ambos do Vasco, relataram que um torcedor do Santos, posicionado atrás do gol, proferiu a frase: “vou te matar, macaco!”. A partida foi paralisada imediatamente e o árbitro realizou o gesto de combate ao racismo. Os dois atletas foram ouvidos pelo juiz e pelo diretor do jogo, mas o agressor não foi identificado.
A paralisação durou sete minutos. Após a confirmação de que as ofensas cessaram e com o aval dos jogadores, a partida foi retomada. Ainda segundo a súmula, nem a equipe de arbitragem nem o delegado do jogo ouviram a ofensa. Ao fim da partida, foi oferecido aos jogadores a oportunidade de registrar boletim de ocorrência, mas eles optaram por não formalizar a denúncia.
Comandado por Mauricio Copertino, o time Sub-20 do Santos tem 14 pontos na competição. São três vitórias, seis empates e duas derrotas, com 20 gols marcados e 14 sofridos.
A arbitragem do jogo foi composta por Guilherme Francisco Maciel da Silva e Rosario como juiz principal, Bruno Silva de Jesus e Gabriel Rodrigues Santos como assistentes, Gustavo Alencar Rodrigues como quarto árbitro e Renato de Carlos como analista de campo.
Confira o que o árbitro relatou na súmula:
“Aos o minutos do segundo tempo, a partida tol parallsada devido a queixa do jogador do vasco da gama sar de numero us, sr. lyncon correa gonçalves, de ofensas racistas vinda de um indivíduo que se encontrava na arquibancada atrás do gol, onde estavam torcedores da equipe do santos futebol clube. segundo o jogador citado, o indivíduo disse as seguintes palavras: “vou te matar, macaco !”. outro jogador do vasco da cama, 01 sr. phillipe cabriel pires de oliveira, corroborou com a queixa de seu companheiro de equipe. a partida foi imediatamente paralisada, com o gesto contra o racismo feito por mim (árbitro da partida), ambos os jogadores foram ouvidos por mim e pelo diretor do jogo, porém não havia possibilidade de identificacão do indivíduo que cometeu as ofensas. após 7 minutos de paralisação, sem a possibilidade de identificação do indivíduo e aval de ambos os atletas, a partida foi retomada normalmente. as ofensas foram cessadas e não voltaram a ocorrer durante a partida. Intormo que nem eu (arbitro da partida nem os outros membros da equipe de aroltragem ou diretor de jogo, ouviram tais ofensas. ao final da partida, foi oferecido a oportunidade dos atletas relatarem a ocorrência às autoridades competentes (boletim de ocorrência), porém decidiram por não fazê-lo.”