O treinador argentino foi recebido com festa no domingo (Crédito: Rodrigo Coca/Santos FC)

Jorge Sampaoli levou um susto no fim da tarde de domingo quando chegou ao saguão de desembarque do Aeroporto de Guarulhos e deu de cara com quase 200 torcedores do Santos gritando seu nome como se ele já fosse um grande ídolo do clube. Nesta terça-feira, em sua primeira entrevista coletiva como treinador do Peixe, o argentino se mostrou muito feliz com a recepção, mas também um tanto preocupado.

Modesto, Sampaoli chegou a dizer na coletiva que não merece tamanha consideração. E ele admitiu que o carinho que recebeu dos torcedores santistas aumentou muito a necessidade de fazer um bom trabalho em seu novo clube.

“Há um pacto intrínseco com a torcida desde que desci do avião, no domingo”, comentou o treinador. “Esse afeto todo, começar a trabalhar em um lugar que me espera com tanta expectativa, isso me obriga como profissional a estar muito próximo dessa expectativa. O carinho da torcida me obriga a estar à altura de uma instituição que é extremamente respeitada em todo o mundo.”

Até por não ter conseguido sucesso em seu último trabalho, na seleção da Argentina, Sampaoli não imaginava que seria tão bem recebido no Brasil. E a surpresa, segundo ele, foi muito positiva.

“A alegria da torcida me dá muita felicidade. Eu não mereço tanto, mas agora estou obrigado a estar à altura desse sentimento popular”, disse Sampaoli, que sabe muito bem que precisa de bons resultados para ter vida longa no Peixe. “É um problema geral, não só do Brasil. Como treinador, só me resta ganhar. O treinador hoje é visto como responsável por todas as crises do futebol, agora tenho de fazer os jogadores assimilarem a ideia futebolística para que a equipe comece a ganhar o mais rápido possível.”