Coordenadores do DM do Santos deram coletiva nesta sexta (Crédito: Ivan Storti/ Santos FC)

O coordenador no Núcleo de Saúde e Performance do Santos, Charles Costa, e o coordenador médico do futebol profissional, Guilherme Faggioni, participaram de uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira e admitiram a necessidade de investimentos do clube no setor.

Nesta semana, em uma Live do Diário do Peixe, o ídolo Renatinho afirmou que o Santos ficou para trás no departamento médico em relação aos rivais.

“Eu conversei com o Renato, tão logo cheguei no Santos e uma das tônicas da nossa conversa foi exatamente essa. O Santos já fez uma identificação, um mapeamento das necessidades dos diversos setores e já está devidamente catalogado e listado na lista de prioridades de curto, médio e a longo prazo dos investimentos, que são muito grandes diante de uma crise financeira, que não é privilégio do Santos, mas também de outros clubes do futebol brasileiro. Eu gostaria de enfatizar que a tecnologia é muito importante porque nos permite critérios mais assertivos não só diagnósticos, mas também dos critérios de liberação desses atletas de forma mais segura e precoce. Contudo, o mais importante é a questão do lado humano…hoje todos os setores, o que é uma preocupação desta gestão, incorpora profissionais capacitados e comprometidos com o Santos na transformação, tanto na criação de uma identidade organizacional como também um espírito de cooperação, de interdependência e aumentando a comunicação entre esses setores então isso já está sendo mapeado. Não está acontecendo apenas no profissional, existe esse mapeamento nas categorias de base e também no feminino e é um processo que vinha acontecendo e diversos setores. Antes da nossa chegada, todos aqueles profissionais já levantavam e reconheciam essas demandas e o que a gente precisa agora é dar continuidade material naquilo que já era levantado pelos ótimos profissionais que aqui estavam.”, afirmou Charles Costa.

“Renato é um ídolo, tive oportunidade de trabalhar com ele e conversei com ele após essa entrevista. Não foi uma crítica ao Departamento Médico e sim uma crítica construtiva para que todos os clubes comecem a pensar melhor DM e como o Charles já falou, a gente identificou, já está orientado o que precisa e a diretoria tem dado todo o suporte para que possamos melhorar as condições. Já está melhorando, estamos no processo e é natural todo o processo cobrado”, respondeu Guilherme Faggioni.

Os coordenadores também falaram sobre o material humano, a necessidade de novas técnicas e a comparação da Departamento Médico em relação à outras equipes.

“Eu como coordenador médico posso falar que confio em todos que estão lá dentro, a gente tem total confiança em todos os funcionários do Departamento Médico e te garanto que aqui estão os melhores que a gente pode ter. Com relação ao investimento, isso já foi passada para a diretoria e está fazendo levantamento, a gente sabe que isso não é fácil hoje. Qualquer equipamento a gente tem um valor absurdo, alto então não é fácil a gente conseguir investir dinheiros no DM. E em relação a estar atrás, posso te responder que o nosso Departamento Médico não tem uma quantidade de lesão tão grande assim e se você pegar o nosso departamento, nós precisamos de investimento, mas não só o DM precisa como o futebol em si e se você pegar o levantamento do DM estatísticas boas, não sei se a gente está atrás de todos, mas claro que quanto mais investir e melhorar é melhor.”

“É claro que nós precisamos avançar o nosso aparato estrutural e tecnológico. A medida que vão surgindo desafios maiores na nossa prática cotidiana como prazos mais encurtados treinos mais intensos e volumosos, jogos com características diferentes, números de jogos e viagens e participação de campeonatos concomitantes é claro que a gente precisa também de estar amparado a uma tecnologia que permite que possamos ser mais assertivos dentro de um contexto tão acelerado. Eu tive a sorte de trabalhar em outro clube e também visitar outros clubes não só no Brasil, mas na Europa em função e estar presente na comissão técnica da Seleção Brasileira e hoje a gente percebe, claramente, que existe clubes no Brasil que estão bem mais estruturados do que clubes grandes na Europa. Não obstante a isso, temos muitos profissionais da área da saúde que acompanham atletas para grandes centros mostrando o quão é importante este olhar sobre a pessoa, o profissional e não só em relação a tecnologia. O Santos precisa de investimentos na área da tecnologia e essas demandas estão catalogadas, reconhecidas e serão feitas.”