Guilherme foi adversário do Santos em jogo que decretou o rebaixamento do clube (Foto: Divulgação / Fortaleza)

Em dezembro de 2023, o Santos enfrentou um dos piores momentos de sua história. Após uma campanha decepcionante no Brasileirão daquele ano, o clube sofreu um inédito rebaixamento, decretado na última rodada da competição, ao perder para o Fortaleza por 2 a 1 na Vila Belmiro.

Atualmente no Santos, o atacante Guilherme era adversário naquele fatídico dia. O jogador de 28 anos, que foi titular do Fortaleza, compartilhou em uma entrevista ao GE como foi testemunhar de perto um dos momentos mais difíceis do clube alvinegro e de sua torcida.

“Esses dias, olhando umas fotos desse jogo, a maioria focada em mim e a torcida ao fundo, com as bandeiras do Pelé e do Pepe, pensei: ‘Que loucura’. Foi um dia triste, na real. Ganhamos o jogo, tivemos a bonificação, mas não consegui comemorar a vitória. Se eu pudesse escolher… não é hipocrisia minha. Do outro lado tinham companheiros de trabalho. Foi loucura. Quando estava dentro do campo, não reparei na tristeza dos caras, mas dava para ver o nervosismo. Quando fui substituído e fui para o banco, comecei a perceber o cenário”, relembrou Guilherme.

“Quando o Lucero fez o gol, botei a mão na cabeça: ‘Caramba. Decretou’. Ali, o gol do meu time decretou o rebaixamento do Santos, o primeiro da história do clube. Olhava para o banco do lado e era desesperador. Olhava para a torcida e via gente chorando, crianças no desespero. Foi sinistro, foi horrível. Muito ruim. E teve todas aquelas cenas lamentáveis. Demoramos 2 horas e meia para sair do vestiário. Não tinha como. Torcida enlouqueceu lá fora”, completou.

Contratado pelo Santos para 2024, Guilherme tem se destacado na equipe nesta temporada, sendo titular absoluto e contribuindo com dois gols. O atacante compartilhou como foi sua sensação desde o primeiro contato com o clube e as memórias ligadas ao dia do rebaixamento.

“Hoje estou aqui, deste lado, podendo fazer parte da reconstrução do Santos. Confesso que nunca imaginei, de verdade. Desde a primeira ligação, foi estranho porque as coisas se conectam. Recebo a ligação e já conecto com o último jogo. É automático. Fiquei com isso desde metade das férias. É um privilégio fazer parte de um ano, talvez mais difícil, mas o mais importante da história do clube, de reconstrução. Começamos bem, e sou grato por fazer parte deste ano. Tenho certeza de que será um ano incrível”, finalizou.

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