Os jogadores do Peixe sempre falam da possibilidade da conquista do título do Brasileirão, termo que o técnico Jorge Sampaoli costuma evitar em suas entrevistas. Mas ver o Santos no alto da tabela é algo que orgulha o técnico argentino.
Com o triunfo na Ressacada, o clube chegou aos 61 pontos e segue com folga na terceira colocação do campeonato. Para o treinador, a equipe precisa pensar jogo a jogo para primeiro conquistar a vaga direta na Libertadores 2020 e, quem sabe, algo maior na sequência.
“Estamos focados em deixar o Santos no lugar mais alto. Vamos jogo a jogo, vendo quantos pontos somamos. Passamos a barreira dos 60 pontos e isso nos deixa muito felizes. Depois veremos onde terminaremos. Importante agora é ganhar sábado (contra o Goiás, em Goiânia). Cada jogo será uma final”, disse Sampaoli, que quer ver sua equipe sempre protagonista.
“Jogamos alguns jogos melhores que outros. Claro que a nossa proposta está relacionada sempre com o ataque e vamos sempre por esse caminho. A construção da equipe tem a ver com manter esse protagonismo que começamos em janeiro. Estamos em novembro e não perdemos isso. Seguiremos tentando até o último dia para que o Santos esteja o mais acima possível”, concluiu o técnico.
O Santos volta a campo no próximo sábado, quando enfrentará o Goiás, às 17h, no Serra Dourada. A partida é válida pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro e Gustavo Henrique, expulso contra o Avaí, é desfalque certo para o Peixe no confronto.
Com a qualidade técnica dos jogadores desse elenco, é preciso comemorar a posição na tabela, mas, se pensarmos no enorme investimento que foi feito (principalmente em jogadores inúteis), é muito dinheiro investido apenas para conseguir uma vaga na Libertadores. O Santos perdeu pontos preciosos contra times que não atavam bem e isso tirou a possibilidade de brigar pelo título. O principal concorrente, o flamengo, não deu essa bobeira e vem fazendo um campeonato bem consistente sem surpresas. Houve momentos em que o Sampaoli, talvez pelo ego inflado pela mídia, abdicou de pontuar e manteve o foco apenas em colocar o time no ataque, minimizando os resultados ruins (aquele discurso de que não estava preocupado com resultado, que o importante era manter a essência, a identidade, num campeonato longo). Agora, parece que caiu na real e vem mantendo uma equipe base, com formação mais convencional, sem grandes invenções. Ontem com a expulsão do Gustavo Henrique, optou pela entrada de outro zagueiro, mesmo jogando contra o lanterna do campeonato, que tem um ataque muito fraco. Contra o Cruzeiro, em condição similar, de forma irresponsável, deixou o time com apenas um zagueiro, para reafirmar sua opção pelo futebol ofensivo. Parece que entendeu a realidade que o cerca, embora de forma tardia. O Sampaoli fez um bom trabalho à frente do Santos, mas sua obstinação por um futebol diferente fez com que não conquistasse nenhum título. Queria fazer história como nos tempos do Santos de Pele, mas vai passar em branco.