Peres nega negociação com o lateral Adriano (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O Santos tenta acelerar as etapas para um provável processo de impeachment do presidente José Carlos Peres. Depois de as contas da gestão em 2019 terem sido reprovadas em reunião na última segunda-feira, o presidente do Conselho, Marcelo Teixeira, já enviou o parecer do Conselho Fiscal para a Comissão de Inquérito e Sindicância.

A CIS, por sua vez, já se reuniu de forma extraordinária e deve citar o presidente José Carlos Peres e os membros do Comitê de Gestão ainda nesta semana. De acordo com o artigo 69 do Estatuto social, o presidente terá 10 dias após a citação para apresentar a sua defesa. A Comissão de Inquérito e Sindicância teria mais sete dias para emitir o seu parecer.

Caso o parecer da CIS peça o impeachment, o Conselho Deliberativo precisa ser convocado para votar o pedido. A convocação precisa ser feita ao menos três dias úteis antes da data da encontro. Para ser aprovado, o pedido de impeachment precisaria de aprovação de dois terços dos conselheiros presentes. Nesse caso, o presidente seria afastado até a assembleia de sócios, que deveria ser marcada em até 60 dias.

Com os prazos mínimos respeitados, ainda existe a chance de que aconteça a reunião no Conselho Deliberativo para a votação do impeachment ainda neste mês e o presidente José Carlos Peres tem pouquíssimo apoio no órgão (as contas foram reprovadas por 171 votos a 3). A assembleia de sócios, então, seria marcada até o final de outubro.

Caso o presidente seja afastado, o vice-presidente Orlando Rollo assumiria o cargo. O DIÁRIO apurou que existe um movimento entre pessoas influentes na política do clube para que seja feita uma gestão de transição, com abertura de números e informações para os pré-candidatos para a disputa das eleições ordinárias, previstas para dezembro.

Algumas dirigentes que já procuraram o presidente José Carlos Peres para oferecer ajuda, inclusive financeira, pretendem dar apoio ao clube durante uma possível gestão de transição. Segundo o DIÁRIO apurou, ao contrário de Peres, Orlando Rollo teria manifestado o interesse de aceitar a ajuda.

O grupo político de Orlando Rollo, a terceira via santista, já declarou apoio à chapa da “pacificação”, formada por Andres Rueda, Celso Jatene, Marcelo Teixeira, Walter Schalka, José Berenguer, Nabil Khaznadar, entre outros.