
Guilherme marcou o gol 13 mil da história do Santos (Divulgação/Santos FC)
O Santos Futebol Clube acaba de escrever mais um capítulo lendário na sua trajetória. Em uma Vila Belmiro tomada pela emoção, o Peixe se tornou o primeiro clube do mundo a alcançar 13 mil gols em partidas oficiais. O número simbólico veio no clássico contra o São Paulo, durante uma vitória por 3 a 1, com o gol histórico sendo marcado pelo atacante Guilherme. A marca coroa a vocação ofensiva do clube, e muitos torcedores já estão aproveitando o bônus sem depósito ver quais outras marcas serão batidas pelo Peixe.
Afinal, desde suas origens, o clube sempre tratou o ataque como arte e identidade. Com mais de um século de história e uma camisa pesada construída sobre títulos, talentos e redes balançando, o clube alvinegro celebra essa marca recordista relembrando os nomes que mais contribuíram para essa incrível contagem.
Abaixo, revisitamos os sete maiores artilheiros da história do Santos — craques que ajudaram a construir esse império de gols.
Pelé – 1.091 gols
O maior nome do futebol mundial não poderia ser outro. Pelé vestiu a camisa do Santos de 1956 a 1974 e marcou 1.091 gols em 1.116 jogos. Os números, por si só, já seriam suficientes, mas Pelé foi muito além: levou o Santos ao topo do mundo, conquistando duas Libertadores, dois Mundiais, dez Paulistas e inúmeros títulos regionais e nacionais. Com ele, o Peixe se tornou conhecido em todos os continentes. O Rei não só venceu, como encantou gerações — e fez do gol uma assinatura.
Pepe – 403 gols
Com 403 gols, Pepe é o segundo maior artilheiro do Santos. Atuando entre 1954 e 1969, ficou eternizado como o “Canhão da Vila”, graças ao seu chute fortíssimo e aos gols de falta que levantavam a torcida. Companheiro inseparável de Pelé, Pepe conquistou praticamente tudo: Libertadores, Mundial, Campeonato Paulista e Taça Brasil. Um símbolo de fidelidade ao clube, e um dos jogadores mais vitoriosos da história santista.
Coutinho – 368 gols
Camisa 9 clássico, Coutinho marcou 368 gols pelo Santos entre 1958 e 1970. Foi parceiro de Pelé no ataque mais temido do futebol mundial, formando uma dupla que parecia se comunicar por telepatia. Com faro de gol, inteligência e muita frieza, Coutinho ajudou o Peixe a levantar títulos importantes, incluindo duas Libertadores, dois Mundiais e diversos campeonatos estaduais. Discreto fora de campo, letal dentro dele.
Toninho Guerreiro – 279 gols
Entre 1963 e 1969, Toninho Guerreiro balançou as redes 279 vezes em 373 jogos. Mesmo dividindo o ataque com nomes como Pelé, ele brilhou intensamente, sendo artilheiro de diversas competições. Em 1968, fez história ao marcar 91 gols em uma única temporada. Com força física, oportunismo e categoria, Toninho é lembrado como um dos grandes centroavantes que já passaram pela Vila.
Feitiço – 214 gols
Um nome que remonta aos primórdios do futebol arte. Feitiço atuou pelo Santos entre 1927 e 1932, e novamente em 1936, acumulando 214 gols e uma das maiores médias da história do clube. Em tempos de campos de terra e bolas pesadas, ele encantava pela técnica e faro de gol. Foi ídolo numa era anterior ao profissionalismo pleno, e ajudou a colocar o Santos entre os grandes do estado de São Paulo.
Dorval – 194 gols
Entre 1957 e 1967, Dorval marcou 194 gols como ponta-direita do lendário ataque santista. Com velocidade, dribles e cruzamentos precisos, ele foi peça fundamental ao lado de Pelé, Coutinho e Pepe. Era o tipo de jogador que desequilibrava na linha de fundo, mas também sabia finalizar como poucos. Dorval participou de todas as principais conquistas da chamada “era de ouro” do clube, e sua presença é lembrada com carinho até hoje.
Araken Patusca – 184 gols
Ídolo das décadas de 1920 e 1930, Araken Patusca marcou 184 gols em 193 jogos pelo Santos. Filho de um dos fundadores do clube, foi o primeiro santista a disputar uma Copa do Mundo. Sua importância vai além dos gols: foi um dos pilares na consolidação do Santos como uma força nacional, numa época em que o futebol ainda dava seus primeiros passos no Brasil.
Treze mil gols. Uma marca que impressiona não apenas pela quantidade, mas pelo que representa: identidade, ousadia, tradição. O Santos segue sendo o time que respira ataque, que vive da beleza do futebol bem jogado e da rede balançando. E com os jovens da base surgindo, os gols de Guilherme e companhia, e a torcida sempre empurrando, o gol 14 mil já começa a se desenhar no horizonte.
Porque no Santos, fazer gol é destino. E fazer história… é rotina.
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