Lateral não veste a camisa do Peixe desde o final do mês de outubro
Crédito: Ivan Storti/Santos FC

O Departamento Jurídico do Santos entrou ontem com recurso no Tribunal Superior do Trabalho para impedir a saída do lateral-esquerdo Zeca gratuitamente para outra equipe, seja do Brasil ou exterior. Na decisão da última sexta-feira, o jogador havia conquistado uma vitória parcial na justiça após ter seus pedidos negados nas outras duas tentativas que havia feito. Inclusive o Boletim Informativo Diário da CBF (BID) publicou que o atleta não tinha mais vínculo com o Peixe. A informação foi obtida pelo jornal A Tribuna, que falou com o presidente Modesto Roma sobre o assunto.

“Ele conseguiu o direito de trabalhar em outro. Não foi, em momento algum, dispensado de pagar a multa da rescisão contratual. Em nenhum momento se nega o direito que o Santos tem à multa. Não existe liberação a não ser o reconhecimento de que o Zeca tem direito de trabalhar cumprindo as obrigações. Mas habeas corpus pode ser cassado a qualquer momento”, disse o cartola santista.

A multa do jogador está estipulada em R$ 50 milhões para clubes brasileiros e 50 milhões de euros para equipes do exterior.

Entenda o caso

Zeca entrou na justiça contra o Santos no final de outubro alegando falta de pagamento do Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço (FGTS) referente aos anos de 2014 e 2015. O atleta também alegou insegurança no trabalho após ter sido agredido por torcedores no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, quando o clube regressava do empate de 1 a 1 contra o Sport, partida válida pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Santos garante que o FGTS do jogador foi pago por meio do Profut – Programa de refinanciamento das dívidas dos clubes –, e alega abandono de trabalho do atleta.