Santos venceu o Botafogo de virada no Brasileiro Sub-20 (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

O Santos foi absolvido pelo no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por uma denuncia sobre falta de estrutura na vitória sobre o Botafogo por 4 a 1 de virada, no CT Rei Pelé, pela estreia do Campeonato Brasileiro Sub-20, no dia 12 de março. A 3ª Comissão Disciplinar da entidade julgou o clube nesta sexta-feira (04).

Na sessão, Marcelo Gomes Freitas Rezende, o delegado da partida, explicou que houve falha de comunicação e confusão na denúncia ao Peixe. No ‘check-list’ do relato do jogo, aparece ‘Não Ok’ sobre a sala do anti-doping, mas ele colocou isso porque não é feito a realização do exame em jogo da base.

Diante disso, o Alvinegro – que tinha sido denunciado no artigo 211 do CBJD (Código Brasileira de Justiça Desportiva) – foi absolvido por unanimidade. O artigo dizia sobre “Deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infra-estrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização”, que não condiz com a situação.

Leia também: David Nogueira recebe liberação médica e pode reestrear pelo Santos após LCA

Foi o primeiro caso do Santos no STJD neste ano, mas já teve outros relatos no TJD ainda com a equipe profissional no Paulistão. Na primeira fase do estadual, foi multado em R$ 2.000,00 por atraso contra o Noroeste, na Vila, e em R$ 1.800,00 por atraso diante do Palmeiras, na Vila, e Novorizontino, no Jorjão.

Além disso, o clube foi absolvido pelo TJD por um chinelo arremessado no clássico contra o São Paulo e o técnico Pedro Caixinha foi apenas advertido pela expulsão no mesmo duelo.

Nas quartas de final, multa de R$ 3.800,00 por atraso nas quartas de final contra o Red Bul Bragantino. Na semifinal, multa de R$ 7.200,00 por atraso e, por expulsões, Zé Ivaldo pegou dois jogos e Escobar levou apenas uma advertência.

COMO FOI O JULGAMENTO

O relator e vice-presidente da sessão, Rafael Bozzano, traz que foram encontrados desconformidades nas instalações físicas no ‘check-list’ do delegado da partida. O Doutor Marcelo Goes fez a defesa do Santos e trouxe como prova testemunhal o delegado da partida, xxxxxxxxx. No depoimento, falou sobre confusão de informações.

Em jogos do Brasileiro Sub-20, não tem a realização do exame do anti-doping e por isso ele não verificou, já que não era necessária. Isso que acabou sendo denunciado. O advogado do Peixe fez questionamentos ao profissional que afirmou seguir o procedimento como em outros jogos e nunca tinha tido problema.

Aproveitando a presença da testemunha, o Botafogo – que foi denunciado por atraso – questionou, através do advogado André, se Marcelo teria recebido alguma comunicação do staff do time carioca sobre uma demora para a disponibilização sobre o vestiário e por isso teria ocasionado o atraso, mas o delegado do jogo não teve contato dos botafoguenses sobre.

Caio Ferreira, o procurador, vê atraso do Botafogo e pede absolvição do Santos. O Doutor Marcelo Goes fez a defesa do Peixe e reforçou a falha de comunicação, com base na testumunha. Ainda disso, o advogado reforça que o clube tem estrutura, mas a sala não precisou de vistoria por falta de necessidade. E pediu absolvição.

Já o advogado do Botafogo defendeu o atraso do time afirmando que o staff contatou sim o delegado do jogo e amenizou o atraso de quatro minutos já que o jogo começou no horário previsto. Ele pediu advertência e pena mínima.

Nos votos, os auditores Rafael Bozzano, George Ramalho e Pedro Gonet e a presidente Adriene Hassen votaram pela absolvição dos dois clubes. O auditor José Maria Philomeno seguiu pela absolvição santista e votou por R$ 1.500. Ambos os clubes foram absolvidos no final, o Santos por unanimidade e o Botafogo por maioria.