Problemas extracampo na Vila Belmiro nessa quarta-feira (Crédito: Santos FC)

Duas graves acusações abalaram o Santos nessa quarta-feira. Uma reportagem da ESPN trouxe histórias de dois funcionários do Peixe com casos de injúria racial e assédio moral cometidos por diretores do clube nos últimos dias.

No primeiro caso, uma funcionária negra do departamento de recursos humanos diz ter sido humilhada por Luiz Eduardo Silveira, superintendente administrativo e financeiro da gestão atual. A outra acusação é de um advogado do clube, também negro, que acusou Roberto Rabelato, gerente de controladoria santista, de injuria racial.

O clube, na noite desta quarta-feira, emitiu uma nota sobre os dois casos. O Santos disse que ambas as situações foram resolvidos internamente. Confira abaixo o que disse o Peixe por meio de nota oficial:

“O Santos FC esclarece fatos sobre matéria veiculada pelo portal ESPN:

Quanto aos fatos narrados, cabe explicar que todas as providências foram imediatamente adotadas quando os fatos foram narrados à direção do clube, quer seja em acionar o Departamento Jurídico, instaurar procedimento na Divisão de Inquérito e Sindicância e que fossem adotadas as devidas questões relativas à Polícia Judiciária.

Quanto a questão do assédio moral, foram ouvidos todos os funcionários e não foi constatado qualquer indício nesse sentido. A citada funcionária foi realocada e testada em três setores diferentes sem conseguir aproveitamento satisfatório em suas atividades laborais, motivo pelo qual foi devidamente desligada.

Salienta-se que o áudio captado se deu de maneira ilegal e sem o conhecimento dos presentes, porém a veiculação na mídia se deu de maneira deturpada e sem outros trechos importantes.

Sobre a questão da injúria racial, a vítima – o colaborador Dr. Cléber Pinto – destaca que recebeu todo o apoio da direção do clube e no vídeo aqui postado afirmou ter aceitado o pedido de desculpas e explicações do colaborador acusado, dando o caso por encerrado.

O Presidente Orlando Rollo, ainda na citada reunião, após ouvir atentamente ambas as versões, acenou por efetuar a prisão em flagrante e foi obstado pelo próprio Advogado “vítima”, o qual foi enfático em não desejar dar qualquer tipo de prosseguimento no caso.

Reitera-se, por fim, que o crime de injúria racial tem natureza de ação penal condicionada à vontade da vítima.

O SFC informa que o colaborador acusado se desligou do clube para que a apuração interna prossiga de maneira independente e livre de qualquer interferência na apuração dos fatos.”

Confira abaixo vídeo com depoimento do funcionário que falou sobre a situação de injúria racial.