Andres Rueda precisa de R$ 70 milhões para salvar o ano (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O Santos precisou emprestar R$ 18 milhões do Banco Safra, com a garantia do Funding de torcedores, para conseguir pagar os salários do mês de julho e os acordos firmados pela atual administração, como o Huachipato pela “compra” de Soteldo e o Krasnodar pela compra do meia Cueva. A informação consta na ata da reunião do CG do dia 19 de julho.

O Funding foi criado com a intenção de garantir empréstimos ao clube a juros baixos. Torcedores santistas levaram seu investimentos para o banco e eles servem como garantia caso o Peixe não pague o empréstimo. A intenção do clube era recorrer muito pouco ao procedimento, mas a situação financeira do clube é crítica.

Em uma ata anterior do Comitê de Gestão, do dia 14 de julho, o membro do Comitê de Gestão Walter Schalka informou que o clube precisava de R$ 100 milhões até o final do ano para honrar todos os acordos firmados pela gestão. Entre eles estão os acordos com a Doyen e com o empresário Giuliano Bertolucci. Uma das atas descreve o mês de julho como um dos mais difíceis financeiramente para o clube.

O DIÁRIO apurou que nos próximos 5 meses (agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro), o valor que o Santos precisa apenas para honrar todos os compromissos está na faixa dos R$ 70 milhões.

O problema para o clube é que a maioria das receitas, como direitos de TV e patrocínios, já foi utilizada. A diretoria acredita que irá conseguir R$ 12 milhões com a Tokenização do mecanismo de solidariedade. O projeto já foi aprovado pelo Conselho Deliberativo e será colocado no mercado em setembro.

O Santos ainda estuda outras medidas para fechar conta. Além disso, conta com avanço na Copa do Brasil. Se eliminar o Athletico-PR, o Peixe garante R$ 7,3 milhões. Se chegar na final, o clube garante mais R$ 23 milhões. Em caso de título, o Santos garante R$ 56 milhões.