Presidente Andres Rueda, do Santos, pagou R$ 22 milhões em intermediações das vendas de Deivid e Ângelo (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

O Santos teve um superávit de R$ 48,5 milhões no terceiro trimestre de 2023, de acordo com relatório do Conselho Fiscal. O documento será apresentado ao Conselho Deliberativo do clube em reunião programada para a noite desta terça-feira. No período, o Peixe teve uma receita total de R$ 188.938.169,00.

Da receita, a grande parte veio das vendas de Ângelo (R$ 68.714.850,00) e Deivid (R$ 74.478.600,00) ao Chelsea. No entanto, o Santos pagou R$ 22.752.796,00 em intermediações nas duas negociações. O Peixe também recebeu pouco mais de R$ 1,1 milhão pelos empréstimos de Gabriel Pirani ao DC United, Carabajal ao Puebla, do México, Rwan Seco ao Ludogorets e Ivonei ao Botafogo-SP.

Mesmo com as vendas e o superávit, o Santos ainda pegou R$ 2,5 milhões de empréstimo pelo Funding. Em 30 de setembro, o Peixe devia R$ 44.732.649 ao Banco Safra pelos empréstimos avalizados por torcedores. O empréstimo está sendo pago em parcelas e deve ser quitado dia 2 de janeiro.

O Conselho Fiscal faz mais uma crítica ao presidente Andres Rueda. De acordo com o relatório, as vendas de Ângelo e Deivid e a assinatura do contrato com a Brax, que vai render R$ 25 milhões em Luvas ao clube, deveriam ser suficientes para o Santos encerrar o ano. No entanto, o CF afirma que o contrato com a Brax pela exploração de placas de publicidade deveria ser assinado na próxima gestão e que, mesmo com ele, o Santos pediu antecipação de R$ 30 milhões em cotas do Paulistão.

“…com os péssimos resultados e descontrole na condução do futebol, o Comitê de Gestão entrou numa corrida desesperada em busca
de contratações, a fim de tentar evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Como consequência da falta de planejamento no futebol, culminou com a solicitação ao Conselho Deliberativo da antecipação de 30 milhões de reais referentes as cotas do Campeonato Paulista de 2024, antecipação está aprovada por ampla maioria. Uma vez que, sem este recurso, não teria como pagar os atletas e encargos, o que seria uma catástrofe antecipada”, diz trecho do relatório.

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