Soteldo voltou a jogar bem com a camisa do Santos, mas a vitória não veio (Divulgação/Santos FC)

O Santos entrou no gramado do Allianz Parque para encarar o Ceará nesta segunda-feira (12) desesperado atrás de uma vitória para se recuperar no Brasileirão, mas saiu de campo sem conseguir os três pontos: 0 a 0.

O resultado manteve a incômoda sequência sem vitórias da equipe, que vinha de três derrotas consecutivas, e não foi suficiente para tirar o Peixe da incômoda zona de rebaixamento da competição. O time soma apenas 5 pontos em 24 disputados e, com isso, é o vice-lanterna da competição.

O Santos volta a campo no próximo domingo (18), pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro, novamente na capital paulista, mas como visitante. O duelo será contra o Corinthians, às 16 horas (de Brasília), na Neo Química Arena.

O jogo

O Peixe entrou em campo com diversas mudanças, mas manteve o esquema 4-3-3, preferido de todos os treinadores que passaram recentemente pelo clube. Ironicamente, por conta do meio-campo despovoado, a primeira boa chance do Santos foi criada aos 7 minutos.

Zé Ivaldo quebrou as linhas e achou Soteldo na esquerda. O camisa 7 fez o cruzamento para a área, mas ela passou por Thaciano e saiu pela linha de fundo, assustando o experiente goleiro Fernando Miguel.

Thaciano, aliás, jogou praticamente como segundo atacante, bem próximo a Tiquinho. Com isso, Rollheiser acabou ocupando mais o lado direito do campo, local em que produz menos. Tanto que as melhores chances do Peixe na etapa inicial surgiram depois quando o argentino flutuou na frente: primeiro em um chutaço e, depois, em cabeçada que tirou tinta do poste.

O Ceará, por sua vez, assustou o Santos com os cruzamentos para a área (sempre eles). No mais perigoso, Lucas Mugni cobrou escanteio e só não marcou um belo gol olímpico graças a Gabriel Brazão, que estava atento.

Segundo tempo

O Santos voltou igual para o segundo tempo, em um indicativo de que o técnico Cleber Xavier gostou do que viu, inclusive dos inoperantes Thaciano e Tiquinho Soares, ambos muito mal na etapa inicial.

A equipe seguiu abusando dos cruzamentos para a área e das ligações diretas, e só criava algo realmente perigoso quando a bola caia nos pés de Soteldo ou de Rollheiser, ambos bem marcados.

O lance polêmico ocorreu aos 13 minutos, no momento em que o defensor do Ceará chutou o pé de Rincón dentro da área. A torcida pediu pênalti, mas na revisão do VAR, a arbitragem manteve a decisão de campo, e não marcou a infração.

No reinício do jogo, a zaga santista vacilou e Pedro Raul, nas costas de Zé Ivaldo, chutou cruzado e por pouco não tirou o zero do placar, na melhor chance criada pelos visitantes.

Aos 19, com 64 minutos de atraso, Cleber Xavier sacou Thaciano para a entrada de Barreal. O treinador colocou também o lateral Leo Godoy no lugar de Aderlan, que já estava sem gás.

O time cresceu um pouco e a chance da vitória surgiu 5 minutos depois, mas Tiquinho Soares, após dominar e girar com categoria, chutou em cima do goleiro, em sua melhor (e única) jogada na partida.

Restando pouco menos de 15 minutos do tempo regulamentar, o técnico Cleber Xavier foi muito vaiado: primeiro ao sacar Gabriel Bontempo para a entrada de Deivid Washington e, mais tarde, ao sacar Tiquinho para a entrada de Verón.

Antes de deixar o campo, Tiquinho Soares, de puxeta, teve mais uma chance de tirar o zero do placar, mas, em noite pouco inspirada, acabou passando em branco, para desespero dos mais de 30 mil santistas que saíram frustrados do Allianz Parque. Zé Rafael ainda estreou, a arbitragem fez lambança ao expulsar um jogador do Ceará e voltar atrás, e o jogo acabou mesmo no 0 a 0.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 0 X 0 CEARÁ

Competição: Brasileirão Série A
Data e hora: 12/05/2025, às 20h
Local: Allianz Parque, São Paulo
Árbitro: Felipe Fernandes de Lima
Assistentes: Eduardo Goncalves da Cruz e Celso Luiz da Silva
Quarto árbitro: Gabriel dos Santos Queiroz
Cartões amarelos: Tomás Rincón (Santos), Lucas Mugni, Fernando Sobral (Ceará)

SANTOS: Gabriel Brazão; Aderlan (Leo Godoy), Zé Ivaldo, Luan Peres e Escobar, Rincón (Zé Rafael), Bontempo (Deivid Washington) e Rollheiser, Thaciano (Barreal), Soteldo e Tiquinho Soares (Gabriel Verón). Técnico: Cleber Xavier

CEARÁ: Fernando Miguel; Fabiano Souza (Rafael Ramos), Marllon, Willian Machado, Matheus Bahia, Fernando Sobral (Lourenço), Dieguinho, Lucas Mugni (Rômulo), Pedro Henrique (Bruno Tubarão), Galeano e Pedro Raul (Lelê). Técnico: Léo Condé