Os primeiros três meses da gestão de José Carlos Peres tiveram um déficit de R$ 18 milhões segundo relatório do Conselho Fiscal (Crédito: Ivan Storti/SantosFC)

Relatório do Conselho Fiscal que será apresentado na reunião do Conselho Deliberativo do Santos na próxima quinta-feira apontou um déficit de R$ 18 milhões no primeiro trimestre de 2018.

A previsão orçamentária do Peixe para 2018 previa um superávit de R$ 37,4 milhões no primeiro trimestre. Diante disso, o relatório do Conselho Fiscal aponta uma diferença de R$ 55,5 milhões entre o previsto e o realizado.

O clube orçou uma receita de R$ 100 milhões no primeiro trimestre, mas apenas R$ 55 milhões entraram nas despesas do clube. O ex-presidente Modesto Roma Júnior chegou a declarar que o Santos precisava vender um jogador em janeiro, mas a transferência não aconteceu.

A previsão de despesas também falhou. O clube previa gastar R$ 35 milhões, mas teve um gasto de R$ 47 milhões nos três primeiros meses de 2018.

O relatório confirma informação do presidente José Carlos Peres de que o clube pagou R$ 21 milhões somente de impostos não recolhidos em 2017.

O Conselho Fiscal ainda questiona diversas contratações em formato de PJ (Pessoa Jurídica) e recomenda que o clube adote em caráter de urgência as seguintes medidas:

1) Proibição na contratação de funcionários administrativos ou operacionais até o dia 31 de dezembro de 2018.
2) Proibição de qualquer reajuste salarial superior ao estipulado em dissídio coletivo
3) Proibição de contratação de pessoa jurídica (terceirizados) até 31 de dezembro de 2018
4) Remanejamento dos contratados, principalmente nos departamentos onde os cargos estão se sucedendo, com melhor uso dos colaboradores
5) Sugerimos ainda que se envide esforços de modo a recolocar em outros clubes os atletas que não fazem parte dos planos da comissão técnica com, no mínimo, os custos salariais destes atletas assumidos pelos contratantes