Conselho Fiscal sugere a aprovação das contas de Andres Rueda em 2022 (Crédito: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)

O relatório do Conselho Fiscal sobre o balanço do Santos na temporada de 2022 apontou um superávit de R$ 16.891.000,00 no exercício e deu parecer pela aprovação das contas do presidente Andres Rueda. Na próxima quarta-feira, a partir das 19 horas, o Conselho Deliberativo do clube vai se reunir para discutir e votar o parecer do CF.

De acordo com o relatório, o Santos teve uma arrecadação de R$ 341,8 milhões no período. O resultado é bastante inferior ao de 2021, quando o Peixe teve uma arrecadação de R$ 406,8 milhões. Em premiações por performance, o clube ganhou apenas R$ 32,9 milhões. O parecer destaca que, visto o investimento feito, o clube deveria receber ao menos R$ 53 milhões.

O endividamento do Santos em 2022 foi de R$ 23,4 milhões e o passivo descoberto do clube ficou na casa dos R$ 404 milhões. Na conclusão do parecer, o Conselho Fiscal levanta uma pergunta: O superávit de R$ 16 milhões valeu a pena?

“Foi nítida a falta de planejamento, com as trocas sucessivas de técnicos e gerências esportivas, bem como gastos com a contratação de muitos atletas não qualificados, investiu-se em quantidade e não em qualidade. Mesmo com o clube sendo bem administrado do ponto de vista dos números, seguindo o regime de fluxo de caixa, as despesas foram maiores que as receitas, apesar de todo o esforço no saneamento financeiro. Se não formos competitivos desportivamente nada vai adiantar, perdemos nesse ano receitas possíveis de premiações e bonificações, sem contar a queda no valor da imagem…Não vimos e não podemos indicar falta de dedicação da gestão do futebol, mas não podemos classificar como má sorte, clamamos por profissionalismo. Sugerimos a contratação de profissionais com histórico e curriculum vencedor para as funções que venham a ocupar, a permanência na primeira divisão e, no mínimo, nos mantermos na zona de classificação e qualificação para os torneios mais rentáveis é um ato obrigatório de gestão”, diz trecho da conclusão do parecer. 

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