Durou apenas 12 jogos o projeto de três anos do Santos com o técnico Ariel Holan. Foram quatro vitórias, três empates e cinco derrotas nesse período e um pedido de demissão após o clássico contra o Corinthians e após “torcedores” soltarem rojões no apartamento do treinador (a Anita Efraim escreve melhor sobre isso aqui).
A contratação não foi um erro, a saída talvez não tenha sido, mas nesses 57 dias entre a apresentação do treinador e o anúncio da demissão, Holan e o Santos erraram demais. Alguns erros foram compartilhados, outros cometidos por apenas um lado da relação.
Por ordem cronológica, o primeiro erro foi com Soteldo. Depois da classificação diante do Deportivo Lara, dia 16 de março, o jogador recebeu um período de descanso do clube. Era para ser uma folga de quatro dias, mas o atacante só voltou ao clube no dia 1 º de abril. Perdeu as duas semanas de “pré-temporada” em Atibaia. Dos 12 jogos de Holan, Soteldo foi titular em apenas cinco.
O segundo erro foi com Madson. Ariel Holan relacionou o jogador para a partida contra o Botafogo, mas horas antes do jogo foi informado de que o lateral não poderia ser utilizado na partida por não estar inscrito no Paulistão, um erro amador. Sem Madson, o treinador teve de improvisar Vinícius Balieiro na lateral e dar chance para Sandro. Nenhum deles foi bem.
O terceiro erro foi com Marinho. Após a atitude lastimável ao ser substituído diante do San Lorenzo, o Santos demorou a se manifestar sobre o assunto. Na primeira entrevista, inclusive, o presidente Andrés Rueda chegou a afirmar que entendia a insatisfação do jogador e elogiou a “competitividade” dele.
Faltou energia ao departamento de futebol do Santos. Era hora de defender publicamente o treinador e anunciar uma multa de forma oficial ao atacante. Marinho se desculpou nas redes sociais depois do acontecido, mas não foi o primeiro pedido de desculpas.
Durante a Era Cuca, o Santos se acostumou com um ambiente familiar dentro do vestiário. Não havia cobranças (e talvez nem pudesse ter pelos diversos atrasos do clube com os atletas). Se a intenção era partir para um ambiente mais profissional, com direitos e deveres para os atletas, não poderiam ficar no meio do caminho.
O Santos perdeu uma grande oportunidade de mostrar para toda a comunidade, especialmente para o vestiário, que o cenário tinha, de fato, mudado. De mostrar que o clube não aceitaria mais estrelismos.
O quarto erro foi de planejamento. No dia 14 de abril, a Federação Paulista de Futebol divulgou a tabela final do Campeonato Paulista. Seriam 11 jogos entre o dia 16 de abril e o dia 11 de maio, um intervalo de 23 dias. Destes 11 jogos, quatro seriam pela Copa Libertadores e dois clássicos contra Corinthians e Palmeiras, pelo Paulistão.
Os titulares tinham de ser preparados para estes seis jogos. Seis jogos em 23 dias seria um número alto, mas algo já “normal” para jogadores de futebol no Brasil. Era preciso separar um grupo para trabalhar apenas de olho nesses seis jogos, quatro pela importância da Libertadores e dois pelo peso dos clássicos.
Com uma programação para 23 dias, o técnico Ariel Holan teria tempo de trabalhar a equipe minimamente, com a mesma carga de trabalho, com a mesma intensidade e com uma ideia bem clara do que o clube pretendia.
Não houve esse planejamento. O Santos ficou misturando jogadores nas competições, treinando com 35 atletas (o que é um absurdo), muitos deles com cargas e intensidades diferentes. Holan perdeu três dias de treinos (quinta, sexta e sábado) porque o clube decidiu viajar com os titulares para enfrentar o Novorizontino, em Novo Horizonte. Treino da quinta foi leve, da sexta não existiu e do sábado foi pós-viagem.
Como a equipe vai apresentar evolução assim?
Ariel Holan utilizou 36 jogadores em apenas 12 jogos no Santos. Ao menos a metade o torcedor (e a diretoria) já sabiam que não tem a menor condição de vestir a camisa do Santos (ao menos no momento). Holan encontrou Kaiky Fernandes, Gabriel Pirani e não teve Lucas Veríssimo, Diego Pituca e perdeu Sandry.
Com todos esses erros, vocês sabem em quantos dos 12 jogos de Holan o Santos teve seus dois principais atacantes dos últimos anos no time titular? Em dois.
Sabem quantas vezes o trio ofensivo (Marinho, Kaio Jorge e Soteldo) que se destacou contra Boca Juniors e Grêmio na reta final da Copa Libertadores de 2020 começou uma partida? Nenhuma.
Holan fez diversas escolhas ruins, como terminar o clássico com Copete na lateral direita e um jogador da posição (Mikael) no banco de reservas. Mas ele não errou sozinho.
E, na sua saída, na minha opinião, o Santos começa a errar. A presença (ainda) de Marcelo Fernandes na comissão técnica é um erro cometido na gestão de Orlando Rollo que ainda não foi corrigido (como foram corrigidas as contratações de Felipe Ximenes, Márcio Santos, Coronel Pimenta, etc).
Mais do que (in)capacidade de construir algo de longo prazo, a presença de Marcelo Fernandes simboliza um pé da atual na gestão nas práticas que tanto condenam, um elo com grupos que tanto mal fizeram para o clube nos últimos anos.
Com Marcelo Fernandes dentro do clube, qualquer que seja o próximo treinador, a chance de aparecer mais uma faixa na padaria depois da primeira derrota supera os 100% (longe dos 4% de chances de classificação).
O Santos não precisa disso.
Nossa,só vi críticas a diretoria, é a filha do Peres ou do Rollo fazendo essa matéria?
Da tempo de ir no aeroporto se despedir do técnico
Tô gostando do trabalho da administração da nova diretoria, voltei a ser sócio pela transparência que demonstraram até o momento, mas nessa história não tem como defender, não. Não precisa ser parente de nenhum desses malditos que você citou para perceber que fizeram cagada na gestão do futebol nessas últimas semanas e precisam consertar urgentemente.
Dá tempo de melhorar e a saída do Holan é uma demonstração que ainda há muito o que melhorar no departamento de futebol do Santos, mas não tem como não criticar nesse momento.
Lembro que em uma das vindas de Dorival Junior para o Santos ele solicitou que o Marcelo Fernandes fosse demitido da comissao permanente.
Perfeita a observação sobre Marcelo Fernandes. Ela (a permanência de MF) simboliza o pior amadorismo e provincianismo no Santos. Todo poder à padaria e ao cupinchismo que, no fim, vai levar ao objetivo dos que no fundo só querem mamar no SFC: o Santos é o maior time de Santos.
Perfeita observação sobre o MF, deveria ter sido demitido a muito tempo, esse não agrega nada.
So espero que o Rueda e CG permaneçam unidos e firmes no proposito de sanear o Santos e profissionalizar a gestao. Que nao se acovardem com a pressao de pessoas, pseudo santistas,que querem que o Santos continue no amadorismo para interesses pessoais. A imensa maioria dos torcedores apoiam Rueda e CG. Quanto ao Ariel, aqueles que acham que ele nao e bom tecnico, deem uma olhada nos melhores momentos de Independiente x Flamengo em Avellaneda 2018 para ver o que e um time bem treinado.
Uma pena perdermos um excelente Técnico como Ariel Holan! Uma Pena mesmo!!!
Concordo com a análise porém o pedido de demissão está muito estranho . Imperdoável a atitude de uma minoria marginal . Deveriam instalar um BO . Porém por algum mitinho ou mais de um ele tomou a decisão . Senti nas declarações do Rueda que não fizeram muita força para convencer o técnico . Fico com a impressão que deve existir mais firmeza nas posições desta diretoria . Como podem desistir de um técnico imaginando um projeto de 3anos ?!!Algo está cheirando mal …
Qto ao MF é o técnico que o elenco quer : Não exige nada , não tem capacidade e assim os Marinhos da vida vão dominar o ambiente . Talvez um sujeito mais disciplinador seria melhor mas com suporte da diretoria.
Com tudo o que aconteceu ano passado fomos vice da america e em alguns jogos deu gosto de ver o time acho que no futebol do Bra…sil onde todos os times estão quebrados não adianta virarmos simbolo da gestão saneada fora do campo e um timeco dentro de campo pois perdemos todas as referencias com vendas como a de Soteldo…no futebol precisamos de um pouco de ousadia tambem…que venham tambem as ideias fora da matematica pois no futebol do Brasil 2 + 2 não é igual a quatro.
Infelizmente o Santos sempre gerido por amadores. Profissionalismo passa longe. O exemplo mais recente é o caso Soteldo, pois o mundo todo está fechado por causa da pandemia, porisso o voo fretado, e deixaram o Soteldo lá. Desse férias em outra oportunidade. Alem disso infelizmente outras gestões afundaram financeiramente o Clube. Que pena!
Os jogadores que estão no Santos hoje, jogaram o prestígio que o time “tinha” na lama, não ganham nem do Barcelona de Carapicuíba. É parem com esse negócio de raio, já jogaram com todos os titulares, com reservas e só com moleque, foi a mesma merda. Caiam na real, e não adianta dar desculpe de chuva, chove pros dois lados e mudem o símbolo de peixe se não conseguem ganhar na chuva. Tem até medo da camisa do Barcelona genérico . Quando ganha Ariel Rolão é o técnico certo, identificado com o clube é blábláblá, agora já estão pedindo o Renato Gaúcho. Se conformem , o Santos acabou faz tempo e vão jogar dinheiro fora se construírem um estádio maior porque nem esse campinho atual vcs conseguem encher. Torcedor de Santos não tem dinheiro para pagar 120 reais de ingresso, vai ser prejuízo tido jogo. Ah, e esse Marinho pereba cai-cai tinha que ser ator, só encena e nem todo arbitro entra no mimimi. Sotelbo não joga nada é não vale nem os 50% que estão pedindo. Por último, faço votos que Pará permaneça mais uns dez anos no clube, ele é meu ídolo. Abraços do Breno Lopes pra vcs. 😂
FABIO MAIA 22 de abril de
O Holan não veio enganado para dirigir o Santos, ele estava ciente das dificuldades, e na primeira cobrança da torcida, pipocou e foi embora.
Posso até considerar alguns erros da diretoria, que pegou terra arrasada e não se arruma tudo isso da noite para o dia, mas o técnico não confia em si próprio, bunda mole, não serve pra time grande, seja o Santos ou qualquer outro, basta ver a pressão sofrida pelos técnicos em clubes rivais, fresco, fez a mesma coisa no Independiente, e até parece que lá na Argentina eles são referência pra alguma coisa (talvez o River Plate, mas Gallardo, além de ídolo, apresenta resultados) mas aqui no Peixão não tem segunda chance, bundão!
Ariel Holan fazia parte do processo de reconstrução do clube, o presidente Rueda foi bem claro quando disse que precisava de um técnico parceiro, e esse covarde na primeira pressão sofrida, vai embora.
Ele sabia que não ocorreriam contratações, estava plenamente ciente das dificuldades do clube, quando na ultima semana ele começou a pedir jogadores, já percebi mudança no discurso, estava preparando terreno pra sair.
Nem vou comentar as invenções dele, Pará e Felipe Jonatan de volante, tendo o Balieiro como opção, e as substituições estapafúrdias.
Outra coisa é botar a culpa no Marcelo Fernandes, me desculpe, mas discordo totalmente, o coitado não apita nada lá, é um funcionário do clube, está mais do que claro que ele não será o técnico do Santos, e se for efetivado, não dura dois meses também, acho descabida jogar essa responsabilidade nele.
Quanto ao técnico sem culhão, que vá e não volte nunca mais!!!!
O São Paulo,Palmeiras sempre tiveram.comussao técnica permanente porque o Santos não.pode ter Alguns trazem familiares,tipo Dorival o filho o Cuca o irmão ambos não entende nada e aí tudo bem
Com todo o respeito eu sou um santista de coração mas com essa administração o Santos corre sério risco de cair pra segunda divisão
Nem treinador contrataram
Essa não inscrição do Madson no campeonato Paulista e coisa de diretoria amadora
Aquela postura do Marinho contra o treinador em jogo da Libertadores era pra ele ser punido.
O Santos e muito grande pra ser administrado por amadores.