Aguayo segue treinando no Santos mesmo sem contrato (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

O meio-campista paraguaio Ángel Aguayo continua realizando atividades no CT Rei Pelé enquanto Santos e Sol de América tentam chegar a um acordo. Segundo apuração do Diário do Peixe, o atleta e seu empresário concordaram que ele seguirá treinando nesse período, o que protege o clube em caso de lesão. O atleta faz apenas trabalhos físicos individuais, no mesmo horário dos treinos do elenco profissional.

Mesmo estando com os profissionais, fontes próximas ao Santos afirmam que Aguayo foi contratado para a base, o que não interfere no planejamento do time principal. O clube, no entanto, só poderá oficializar qualquer acordo a partir do dia 10 de julho, quando abre a próxima janela de transferências. Até lá, o jogador seguirá utilizando as instalações do clube para manter a forma física.

No domingo (2), o presidente Marcelo Teixeira afirmou que o departamento jurídico do clube vetou o acordo inicial, mas que a negociação ainda pode ser retomada caso haja um acerto com a Elenko Sports, empresa que cuida dos direitos do jogador.

“Houve uma avaliação por parte do departamento jurídico. O departamento jurídico também fez uma série de questões envolvendo a documentação do jogador. Então, com isso, nós temos sempre que seguir as orientações que são dadas pelo departamento jurídico. No caso, é possível ainda, se forem reparadas as questões envolvendo a parceria com a Elenko, que a negociação seja retomada”, explicou Teixeira.

O presidente do Santos destacou ainda que Aguayo não havia sido contratado para integrar o elenco principal no Campeonato Paulista, mas sim para ser avaliado pelo clube antes de uma possível incorporação ao time sub-20.

“Estava sendo tratado, diga-se de passagem, que não era um jogador que vinha para a disputa do Campeonato Paulista. Era um jogador que estava sendo avaliado pelo próprio scout, pelos analistas, e estava até propenso a estar relacionado para o sub-20. Lá, ele continuaria desenvolvendo suas atividades com o acompanhamento da comissão técnica do profissional. Mas, independentemente disso, o mais importante agora é que haja um acerto da documentação e o aval do departamento jurídico”, completou.

A indefinição gerou insatisfação no Sol de América, clube que detém os direitos econômicos do jogador. O presidente Raúl González criticou a condução da negociação por parte do Santos.

“Me estranha muito um clube atuar dessa forma. Já aprendi nesse campo. Me falaram para ficar de olho no Santos, mas a gente sempre confia e acredita que é um clube sério”, afirmou González, em entrevista ao programa La Gran Jugada, da Rádio Nanduti.

Na negociação fracassada, o Peixe havia oferecido US$ 400 mil (cerca de R$ 2,3 milhões) por 80% dos direitos econômicos do volante. Estava tudo certo entre os clubes e o Sol de América já havia aceitado, mas, com o departamento jurídico do clube vetando de última hora, a janela fechou e o acordo não foi firmado.