Pedro Caixinha vive pressão no Santos (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

O técnico Pedro Caixinha admitiu a atuação ruim do Santos na derrota para o Fluminense por 1 a 0, no Maracanã, pela terceira rodada do Brasileirão, neste domingo (13). O treinador falou que ‘nada deu certo’ do que tinha previsto para o jogo.

“Hoje, inexplicavelmente, não conseguimos jogar com a bola e nem fomos agressivos na pressão alta na zona mais adiantada de campo. O adversário foi ligeiramente superior, nos fez defender em zonas mais baixas. Em zonas mais baixas, nos defendemos bem, tivemos mais controle com a bola, não cedemos tantas chances, mas não tivemos capacidade de criar no primeiro tempo. Não deu praticamente nada certo”, afirmou.

Caixinha explicou que a ideia era ter superioridade númerica contra o meio-campo do Flu, mas o time do técnico Renato Gaúcho estava diferente taticamente e o elenco não teve presença no ataque.

“Queríamos criar contra o meio-campo do Fluminense uma superioridade numérica com quatro ou cinco jogadores. Escobar por dentro, João Schmidt, Pituca, Rollheiser e o próprio Thaciano, ao menos em termos de posicionamento para ocupar espaço. Sabíamos que os dois da frente, Lima e Cano, pressionavam a primeira linha. Hoje o Martinelli foi mais à frente e não encontramos essa superioridade para buscar desequilíbrio no lado do Arias, que não ajuda tanto defensivamente tanto quanto o Canobbio. A equipe estava longa, não ocupou bem o espaço, não pressionou. O centroavante precisa dividir os zagueiros, ser o gatilho da pressão, não teve resultado. Os médios estavam sempre atrasados. E a vontade de pressionar muito o adversário não se sucedeu. O adversário jogou ao seu prazer, defendemos bem na nossa área, mas foi pouco, com pouca presença ofensiva. Que era a vontade clara e expressa na preparação para o jogo”, comentou.

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Por fim, o português analisou as mudanças que fez durante o confronto e viu o Tricolar como merecedor pelo desempenho no jogo. Soteldo entrou, mas sentiu e saiu. Além dele, atuaram ao decorrer do jogo: Neymar, Gabriel Veron, Deivid Washington e Gabriel Bontempo.

“No intervalo, fizemos as alterações, com oportunidade de ter mais a bola. Quisemos arriscar, sabíamos que arriscaríamos com o Neymar e o Soteldo, em termos do que queríamos. E o Deivid a ideia era aumentar a pressão sobre zagueiro, com maior capacidade para atacar as costas. Tivemos mais a bola com o Neymar, com o Bontempo tivemos mais bola também, mas nunca capacidade de levar perigo à última zona. Existia ataque na profundidade, queríamos explorar isso no fim e nunca conseguimos fazer. Depois acontece o gol quando todo mundo imaginava o empate. Pelo que o Fluminense fez, no volume de jogo, acho que foram merecedores”, concluiu.