Alexandre Gallo concedeu a entrevista coletiva após rebaixamento do Santos (Foto: Raul Baretta / Santos FC)

Coordenador técnico do Santos, Alexandre Gallo, foi o responsável por conceder a entrevista coletiva após a derrota para o Fortaleza, na qual decretou o rebaixamento inédito na história do clube.

Gallo está à frente da coordenação do clube há 117 dias e, segundo ele mesmo, encontrou muitos problemas desde sua chegada, expressando sua insatisfação com a situação atual do Santos.

“O Marcelo Fernandes não veio por ser um momento trágico e importante. Eu fiquei muito puto com o que aconteceu. Muito puto! Com todo mundo que estava no vestiário. O Santos não pode ter um Santos dentro de Santos. Muita coisa errada está acontecendo. Tem muita coisa errada. Em todos os segmentos. Estou preparado pra isso, vou defender o Santos sempre, porque pra sacanear tem um monte de gente”, disse Gallo.

O coordenador completou dizendo que, mesmo com esses problemas encontrados no clube, o foco era dentro de campo e que ele fez de tudo para tirar o time dessa situação.

“Eu não podia tomar qualquer outro tipo de situação que não fosse o campo. Focar no campo e dar conforto ao treinador. Conforto aos atletas. Para que eles pudessem ter condições de fazer escolhas. Tudo que os grandes clubes dão, nós demos. Pagamos premiação que nenhum outro clube no Brasil pagou. Fizemos voos fretados para dar descanso de dois dias. Fizemos ações psicológicas. Pegamos uma equipe com o avião embicando pra baixo. E a tendência depois de setembro é uma queda física. Muito difícil com 15, 16 atletas. O que eu vi no vestiário foi jogadores estarrecidos. Eu tô realmente muito puto porque essa camisa não merece isso. É gigante. Sem transferir responsabilidade, todos temos que assumir e seguir em frente,” completou.

Com o contrato até o fim de 2024, Gallo não sabe se permanecerá no cargo devido à eleição para o novo presidente do clube, que ocorre no próximo sábado (9). Mesmo com essa incerteza, o coordenador afirma que tem vontade de permanecer no Santos.

“Sou um profissional que me preparei para estar aqui. Fiz um planejamento importante para todas as áreas do clube pensando nessa manutenção. Tenho contrato firmado com o clube até o final do ano que vem, mas estou aberto a qualquer tipo de conversa, respeitando tudo o que possa acontecer (nas eleições). Fiz o impossível para sair dessa situação. A consciência segue tranquila”, comentou.

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