O time do Santos que chegou a encantar em alguns momentos de 2019 mudou muito a escalação ao longo do ano. Uma das peças que se firmou na equipe, principalmente no segundo turno do Brasileirão, foi Evandro. O meia terminou a temporada passada com moral, mas parece não agradar o novo treinador, Jesualdo Ferreira.
Evandro participou de somente dois jogos em 2020. Entrou no segundo tempo do clássico contra o Corinthians e foi titular contra a Inter Limeira. Na única partida com a titularidade, foi um dos melhores jogadores em campo, ajudou a armar o time e criou algumas grandes oportunidades. Mas nem mesmo a boa atuação quando foi titular parece ser suficiente para convencer Jesualdo a utilizar mais o atleta.
No jogo contra a Ferroviária, nesse último domingo, Evandro sequer ficou no banco. O português optou por Alison, Pituca e Sánchez entre os titulares. Já Jobson, Sandry e Jean Mota foram em Araraquara as peças escolhidas para ficarem na reserva.
Evandro tem contrato com o Santos até o meio do ano e seu salário está longe de estar entre os mais baixos do elenco. Jogador rodado, ele veio do Hull City, da Inglaterra, e o Peixe pode estender o vínculo do atleta até o final da temporada, mas nesse momento seu futuro na Vila parece mesmo é incerto.
O Evandro, apesar de não ser um grande meio campista, consegue armar o time, tem boa leitura tática, se movimenta, preenche o meio, encosta nos atacantes e entra na área. Ocorre que a filosofia de jogo do Jesualdo é ficar fechadinho, esperando que o adversário cometa um erro por si próprio. O Sampaoli forçava o erro, o Jesualdo fica em “stand by”. Insistir na opção por Alisson e Pituca juntos é um atestado de falta de vontade de ganhar. O time do Santos do Jesualdo joga um futebol irritante, extremamente lento (na Tv parece que está em “slow motion” quadro a quadro), sem criatividade, de poucas opções ofensivas. Chuta apenas duas ou três bolas, sendo poucas na direção do gol. O goleiro adversário nem suja o uniforme. Se o goleiro adversário quiser dar uma fugidinha para tomar um café, ninguém vai perceber a sua ausência.