Mattos chegou a invadir o campo por revolta contra a arbitragem (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

Alexandre Mattos, executivo de futebol, e Marcelo Teixeira, presidente do Santos, fizeram críticas duras à arbitragem após o empate do Santos com o Botafogo em 2 a 2, no Nilton Santos, pela 30ª rodada do Brasileirão, neste domingo (26). O diretor chegou a invadir o gramado no intervalo enquanto o mandatário falou à imprensa na zona mista.

A transmissão do jogo mostrou Mattos disparando contra a arbitragem no intervalo. Ele entendeu que foi falta em Lautaro antes do segundo gol botafoguense, mesma posição tomada por Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN, em sua conta no X. O executivo ainda relembrou de um lance polêmico em que teria sido pênalti em Neymar no empate com o Atlético-MG, na Arena MRV.

“Foi falta. Como que dá uma vantagem dessas? Contra o Vitória, não deram o pênalti. O VAR no Brasil não tenho nem palavras para falar como é catastrófico. São tão incompetentes que não mostram nem as câmeras. Depois, deram pênalti sem critério, porque não foi no Neymar. Hoje, falta, puxou a camisa e deram vantagem num quatro contra um. Está difícil. Muito difícil”, ressaltou.

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Já Marcelo Teixeira reforçou o lance no jogo diante dos botafoguenses e disparou que não dá para esperar a profissionalização da arbitragem enquanto tiver interferências diretas nos resultados dos jogos.

“Uma soma de fatores e nós temos tido muito prejuízo. Temos sido muito prejudicados e o Santos está muito a vontade porque participa das reuniões da CBF, da comissão de arbitragem, faz duas posições, leva lances que são positivos, construtivos e críticas sempre para que haja um crescimento do futebol. Assim como tantos os erros apontados. Esse prejuízo reflete na tabela de classificação do Santos nitidamente. Tivemos jogos contra Vitória, Grêmio e vários que temos tido. Eu erro, o técnico erra e todo mundo erra. Erro é tolerável, mas não exagerado e da maneira que está sendo feito contra o Santos. O Santos tem tido interferências negativas com posição da arbitragem. Conversamos com a cúpula da CBF, estamos a disposição para essa situação. Não é apenas esperarmos a profissionalização dos árbitros, porque se ficarmos vamos continuar tendo interferências negativas”, reforçou.

O cartola ainda falou que existem critérios que servem para um lado e não serve para o outro.

“Independente do fato do primeiro tempo, da atuação e o que houve no intervalo. A arbitragem voltou diferente e imparcial. Teve cuidado a mais para não errar. Não precisa ter esse tipo de atitude, que não condiz com o futebol. Inadmissível. O Santos não tolera mais esses tipos de erros que são graves e interferem no resultado. O Santos poderia sair com uma derrota ou como saiu como o empate, ou até ter vencido. Se não estivéssemos aqui talvez não tivesse uma análise”, completou o cartola.

O desabafo de Teixeira continuou, e o presidente negou que seja “choro de perdedor”.

“Ah, é choro de perdedor”. Não é choro, tem limite e está esgotando a paciência de todos nós santistas. Critério tudo bem. Mas você tem o lance do Neymar contra o Atlético-MG e depois o lance do Brazão. Qual o critério? Vale para um lado e não para o outro? Como são as interpretações? Isso deixa o Santos a uma forma de protestar, lamentar e queremos estar do lado da discussão, mas desse jeito não dá. O árbitro diz que deu a vantagem para o Santos, que não é vantagem porque houve o contra-ataque e estavam quatro contra um jogador nosso que saiu o gol do adversário. É marcar falta e a amarelo para adversário. Não há vantagem, só prejuízo. Não foi marcado a falta e ainda teve o gol no lance nítido”, concluiu.