Peres faz gesto na sua eleição para a presidência, em dezembro passado (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Depois de ver os dois pedidos de impeachement contra ele aprovados pelo Conselho Deliberativo, na última segunda-feira, José Carlos Peres passou a buscar o apoio dos sócios, que no próximo dia 29 vão decidir se o presidente continuará no cargo. E ele diz ter confiança de que será salvo pelos associados do Santos.

Peres já iniciou uma campanha para convencer os sócios de que ele não merece ser tirado da presidência do Santos e disse ter certeza de que terá seu trabalho reconhecido.

“Estamos preparando uma campanha. As redes (sociais) estão falando por si só, apoiando a presidência. Quando você assume o clube tem dois caminhos: relaxa, deixa roubar, contrata todos os amigos… O outro caminho é você ser o mais odiado da história, mas deixar um outro Santos”, afirmou Peres durante a apresentação do atacante Felippe Cardoso, nesta quinta-feira. “Eu fui eleito pelos sócios, não pelos conselheiros. Pelo contrário. Eles foram eleitos na minha chapa. Quem manda é o sócio. Com todo o respeito ao Conselho, e eu respeito porque já fui conselheiro e sei como a casa funciona, infelizmente.”

Depois de fazer duras críticas ao Conselho Deliberativo, Peres tratou de fazer um afago nos conselheiros e clamou por uma união no Santos – desde que contra o impeachment, evidentemente.

“Eu quero dar a mão para o Conselho também. O Santos precisa de união e paz, como diz o Cuca aqui. Mas com o impeachment não haverá união, nem paz.”

O presidente reclamou mais uma vez da votação de segunda-feira, já que os integrantes da Comissão de Inquérito e Sindicância não foram levados em consideração na contagem do número de presentes, mesmo sendo conselheiros, o que reduziu a quantidade de votos necessária para a aprovação do impeachment.

“Você é obrigado a ouvir alguém dizer para você: ‘O estatuto é confuso’. O estatuto não é confuso. Eu passo para vocês: está claro que é sobre os presentes. Eles tiraram seis conselheiros, pegaram a varinha mágica e disseram: ‘Vocês não estão aqui’, aí fizeram a conta com 242 (conselheiros).”