Em litígio com o Santos, Kaio Jorge está entre Atlético-PR e um grande clube da capital paulista (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Depois de várias reuniões, desentendimentos e muita negociação, o Santos finalmente havia chegado a um acordo pela assinatura do primeiro contrato profissional do atacante Kaio Jorge, de 16 anos. No entanto, quase um mês depois de ter tudo acertado, o vínculo da promessa ainda não foi assinado.

Segundo os empresários do jogador, que é agenciado pelo grupo de Giuliano Bertolucci, o presidente José Carlos Peres sumiu: não atende aos contatos do estafe e não apresentou o contrato final para assinatura. O desgaste pode acabar tirando o atacante da Vila Belmiro em uma ponte aérea bastante utilizada nos últimos tempos: Santos-Curitiba.

O Atlético-PR, que já levou Robson Bambu, Léo Cittadini e Dudu, volante do sub-20, é um dos interessados no artilheiro das categorias de base do Peixe. O atacante estaria entre o clube paranaense e um dos grandes clubes de São Paulo, rivais do Peixe. O atleta chegou a pedir para a família e os empresários para permanecer no Santos, mas a demora na definição da situação desgastou ainda mais a relação do estafe com a diretoria.

O Santos enxerga a situação como encaminhada. As duas partes concordam que os detalhes contratuais foram acertados, com 100% dos direitos econômicos de Kaio Jorge ficando para o Peixe, restando apenas a assinatura. Procurado pela reportagem para explicar a situação, o presidente José Carlos Peres não respondeu até o momento da publicação.

Kaio chegou ao Santos aos 11 anos e empilhou gols: foram mais de 125 redes balançadas, segundo a própria contagem. O atacante, que começou aos 6 anos no Náutico e passou pelo sub-9 do Sport, foi aprovado no teste do Peixe em apenas cinco minutos. O Santos promete não facilitar a saída do atleta e quer receber tudo que tem direito pela formação do jogador.

“Nosso jurídico está atento a isso. Se pagar a multa nem vai doer. Um jogador desse não tem escola, psicóloga, alimentação, limpeza…? Então, é 200 vezes tudo que gastamos. Minha conta tinha dado mais, mas o jurídico é mais light e falou em 120 milhões de reais”, disse Marco Maturana, gerente das categorias de base alvinegras, em contato com o Diário do Peixe.