
Rodrigão é o coordenador da base do Santos (Crédito: Bruno Vaz/Santos FC)
Rodrigão, coordenador das categorias de base do Santos, comentou sobre o espaço que os jogadores estrangeiros tem tido nas equipes. O dirigente comentou sobre avaliações e testes com os atletas que vem de fora e sobre o retorno financeiro e esportivo que podem dar ao clube mais para frente.
“O Santos é mundialmente conhecido e todo mundo quer jogar no Santos. A gente abre portas para o mundo para avaliação. A diferença é que o mercado estrangeiro chama um pouco mais de atenção. Atletas que estão em desenvolvimento no caso do Coulibaly, é caso que o profissional adquiriu a compra porque gostou. A base pode fazer ‘testes’. Falando de Miguel, Enzo…’ah, mas não jogaram no Santos’ e o problema é que se calcula o êxito se jogar no profissional do Santos. Pode ser que retornem e tenham essa oportunidade, mas são atletas que se não jogarem no Santos, o clube vai ter o ativo. Se colocar no balanço geral do investimento que foi feito nos atletas e o que vai ter de retorno, tenho certeza que o balanço maior vai ser de lucro. Isso é bom. O êxito não está só em jogar no profissional, mas recuperar o dinheiro e onde o clube consiga lucrar. Isso tem acontecido com os estrangeiros”, comentou.
Ele confirmou a informação que o Diário do Peixe trouxe sobre a contratação do atacante Alham Attaee, do Afeganistão, e ainda comentou sobre o período de testes do africano Souare no Peixe.
“Esse afegão está vindo em um processo avaliativo e avaliamos outros jogadores. O Souare ainda está em processo avaliativo. Usamos de 6 a 8 meses porque pesamos adaptação, lingua, alimentação…faço isso com atletas de outras região do Brasil. Damos esse espaço para os atletas se adaptaram e se sim, quem ganha é o clube. Caso não, siga o caminho deles”, explicou.
Além de ter um valor envolvido na negociação menor do que no mercado nacional, a base tem buscado encontrar meninos com características que não existem nas categorias. A Fifa não permite a transação de atletas internacionais com menos de 18 anos, o que também retarda alguns processos. Se chegam mais novos, só treinam com as categorias e disputam no máximo torneio extraoficiais (que não precisa de registro federado).
Relembre alguns casos de estrangeiros na base abaixo:
Bolívia
- Miguelito – 24/04/2027 – profissional, emprestado ao América-MG e convocado pela Seleção Boliviana
- Enzo Monteiro – 29/05/2027 – emprestado ao Auda (Letônia) e convocado pela Seleção Boliviana
- Fernando Nava – Sub-20 e depois clube decidiu não renovar por lesões
- Marcelo Torrez – 30/06/2027 – Sub-20 e convocação pela Seleção Boliviana para as Eliminatórias
- Leonardo Zabala – Sub-20, afastado no profissional e rescisão (clube ficou com %)
Colômbia
- Alejandro Villarreal – Sub-20, disputou o Sul-Americano da categoria e rescindiu (clube ficou com %)
Equador
- Ronald Perlaza – chegou por empréstimo ao Sub-20 e clube decidiu não comprar
Venezuela
- Nicola Profeta – 21/02/2026 – Sub-20 e convocação pela Seleção Venezuelana de base
Costa do Marfim
- Coulibaly Yeko Appolinaire (não tem registro por ser menor, mas clube já efetuou a compra)
Angola
- Osvaldo Yamba Kinanga – 28/08/2027 (tem nacionalidade brasileira por ter morar no país desde pequeno)
- Ignacio Pereira Salmon – 28/02/2027 (dupla nacionalidade) e convocação pela Seleção Argentina de base
- Kauã Miranda de Sousa Araújo – 28/02/2027 (dupla nacionalidade) e convocação pela Seleção Portuguesa de base
Veja a entrevista completa abaixo:
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