Por Raoni David. Especial para o DIÁRIO DO PEIXE

Em que pese a fragilidade do adversário santista nesta estreia de Paulistão 2018, o time de Jair Ventura apresentou novidades táticas com relação ao ano passado, especialmente no meio de campo. Destaque para a inversão de posicionamento dos volantes Alison e Renato.

Mais rápido e vigoroso na marcação, porém, com menor qualidade no passe, Alison, camisa 5 santista, passou a atuar mais centralizado, na cabeça da área. Ao mesmo tempo, ao contrário da temporada passada, Renato atuou mais adiantado, como antigamente. A tentativa deu certo em partes, já que principalmente no final da primeira etapa, o camisa 8 precisou recuar até a defesa para dar qualidade à saída de bola.

Por outro lado, e a parte boa da mudança, foi que Vecchio atuou na mesma linha que Renato, formando um trio no meio de campo. Amparados pela disposição de Alison, ambos tinham liberdade para atuar no campo do adversário. Apesar da pouca condição física e técnica, o argentino foi o principal articulador das jogadas ofensivas e participou dos três gols de um time que pouco assustava o goleiro rival.

No primeiro, deu assistência para Arthur Gomes após receber passe de Alison; no segundo, roubou a bola na saída do adversário, dando passe para Rodrigão acertar lindo chute para marcar um golaço; no terceiro, encontrou Copete na ponta esquerda, em boa condição para colocar a bola na cabeça de Arthur Gomes.

Na frente, nos poucos minutos em que Bruno Henrique esteve em campo, ficou a impressão de que o agora camisa 11 teria mais liberdade para flutuar, porém, a partir da faixa esquerda do ataque, onde é melhor habituado. Com a entrada de Arthur Gomes, o Menino da Vila e Copete se revezaram nas pontas. Provavelmente Bruno Henrique faria o mesmo se continuasse em campo.

Ademais, faltam reforços, em especial para o ataque, embora Vitor Bueno, por exemplo, já deve dar mais qualidade a este setor. Contudo, um time bem mais aguerrido e com tesão foi visto em campo nesta tarde/noite em Lins. Convenhamos, neste quesito não dava para ser pior que em 2017.