O jogo contra o Bragantino nesta segunda-feira serviu para a torcida santista calibrar suas expectativas em relação ao que o time dirigido por Jair Ventura pode fazer neste Campeonato Paulista. Há muita esperança por conta da volta de alguns jogadores que estão no Departamento Médico e pela possível chegada de reforços, como o “quase contratado” Gabigol. Mas há também inúmeras incertezas em relação a como o Santos vai resolver seus principais problemas neste momento: a falta de criação no meio-campo e de um ataque mais contundente.

O Blog do Diário fez uma análise sobre o que está ou não dando certo, o que tem ou não tem funcionado, quem está ou não está correspondendo, enfim, os Sims e os Nãos do Santos nas duas primeiras rodadas.

Sim, o setor defensivo continua seguro, em especial o miolo de zaga que, mesmo com o desfalque de Lucas Veríssimo, se mostrou firme contra o Bragantino. O gol foi um achado do time do interior, não pode ser atribuído a falha deste ou daquele jogador.

Não, as laterais do Santos ainda não estão resolvidas. Vitor Ferraz está em má fase, inseguro, sem a ousadia demonstrada em temporadas passadas. A seu favor, há o fato de não contar com a ajuda de alguém criativo para triangulações pelo seu setor. Do outro lado, o recém-chegado Romário ainda precisa mostrar condições de ser titular. Demonstrou melhoras em relação à estreia, mas ainda está longe do que o time precisa: força na marcação e velocidade no apoio ao ataque.

Não, Vecchio não é e nem será o substituto de Lucas Lima. O argentino tem habilidade, técnica, bom passe, mas lhe falta intensidade e velocidade para ser o homem de criação do Peixe. Jogou bem nas duas primeiras partidas da temporada, é verdade, mas não é o meia que o Santos precisa.

Sim, Renato já não é o mesmo. O meia já não consegue acompanhar a correria dos adversários e deixa buracos no meio campo santista. Mostra a elegância e categoria de sempre, mas só isso parece pouco para um futebol tão corrido e disputado como o que é jogado hoje em dia.

Não, Rodrigão não tem condições de ser o centroavante do Santos. É esforçado, tem alguns bons fundamentos, mas participa pouco do jogo e costuma errar lances bisonhos. Pode ser um bom reserva, no máximo.

Sim, os meninos que estão surgindo mostram capacidade para dar alegrias à torcida do Santos. Arthur Gomes foi destaque nas duas partidas, com gols e jogadas de perigo. Já o estreante Rodrigo demonstrou personalidade e talento na partida contra o Bragantino. Jair Ventura deve apostar nestes meninos, além de Yuri Alberto e Calabres, que acaba de subir, mas com cautela, para não queimar etapas nem os garotos.

O futebol, como a vida, é dinâmico, e poderemos ter surpresas nas próximas rodadas. Torçamos para que elas sejam boas para o torcedor do Peixe.