Santos empatou em 3 a 3 com o Fortaleza no último domingo (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Eu, como todos os torcedores santistas, sonho com um título grande expressão. Nos últimos anos, o Peixe nada, nada e morre na praia. Brigamos e vencemos algumas vezes o Paulistão, mas para quem é o maior do mundo limitar-se com o estadual é um pouco, para não dizer muito, decepcionante.

Com Sampaoli, vi uma luz no fim do túnel. Algo diferente, um técnico agressivo, incomodado de fato com a história do Santos e sua grandeza. Algo que não via há anos, se é que um dia eu tinha visto isso.

Ele chegou e colocou o time pra frente. Gols, muitos gols foram saindo. Mas dos dois lados.

Fiquei em êxtase ao ver as goleadas praticadas e o estilo ofensivo do novo Peixe, mas preocupado também quando perdemos de Ituano e Botafogo de Ribeirão Preto de cinco, quatro. De cabelo em pé ainda fiquei com as eliminações em casa e precoces das copas Sul-Americana e do Brasil.

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Mas aí veio a liderança do Brasileirão e tudo mudou. Ou melhor, nada mudou. O ápice de voltar a ser protagonista da maior competição nacional me encheu de orgulho, mas as derrotas para São Paulo, Cruzeiro e Fortaleza. DERROTA mesmo, pois depois de marcar 3 a 0 e sofrer o empate para o Fortaleza na Vila não vejo outra palavra que não derrota ou fracasso.

Sigo acreditando em Sampaoli. Sigo acreditando no futebol ofensivo, mas se eu pudesse falar algo para o treinador santista seria: ganhar jogando pra frente é bom, mas ser campeão é melhor ainda! Portanto, é preciso saber fechar a casinha as vezes.

Se tivesse feito isso contra o Atlético-MG na Copa do Brasil, poderíamos talvez ainda estar brigando por esse título. Se tivesse voltado mais fechado no segundo tempo no clássico contra o São Paulo, talvez não teríamos levado a virada. Se tivesse optado por um zagueiro e não Pará no lugar de Gustavo Henrique no Mineirão, poderíamos talvez ter conquistado um empate em Belo Horizonte. Se tivesse mudado o esquema contra o Fortaleza ainda no 3 a 1 e não colocasse o time mais no ataque, poderíamos talvez ter saído de campo com os três pontos.

No futebol não existe SE e é muito fácil escrever a palavra TALVEZ agora, depois que tudo passou, mas na minha avaliação o Peixe precisa seguir a sina do técnico em atacar, mas também precisa saber se defender e não entrar em pânico quando é atacado.