As eliminações nas Copas (Libertadores da América e do Brasil) – e da maneira como ocorreram – fizeram com que aquele ímpeto de futebol bonito, aqueles jogos tranquilos e calmos, os placares largos e os jogadores motivados perdessem suas forças. O Santos a voltou a ser o time do começo do ano, uma equipe que joga pelo placar mínimo, por um jogo sem grandes esforços, e práticos. Às vezes gera bons resultados, às vezes não.

De um mês para cá, fizemos sete jogos, com três vitórias, três empates e uma derrota, e os placares pouco condizem com os desempenhos. A derrota foi um dos jogos em que mais lutamos, tivemos chances e criamos oportunidades de sair com a vitória do Mineirão. No clássico contra o São Paulo, fomos superiores ao à época líder do campeonato em grande parte dos 90 minutos. O empate contra o Grêmio não preciso nem dizer porque fomos roubados. Ok, falta de sorte acontece, mas o que chama a atenção são as vitórias, apenas uma contundente (Paraná, lanterna da competição). Contra o Atlético Paranaense, em casa, precisamos de um pênalti controverso e contra o Vitória jogamos feio e de igual para igual contra um time estagnado no Z-4. Na verdade, o único placar verdadeiro foi o 1 a 1 contra o Vasco, partida terrível, desempenho pífio dentro de casa.

O Santos consegue colocar todos os adversários no mesmo nível e tem as mesmas dificuldades do início de 2018, mas agora o time está reforçado. Temos um ataque que finaliza mais e com mais qualidade e um meio de campo um pouco melhor construído.

Ganhamos duas partidas e já sonhamos com o G-6 novamente. Não será fácil. Nossos próximos quatro jogos incluem dois clássicos, e ainda não vencemos nenhum no Brasileiro, além do Internacional – temos o costume de perder pontos para o time gaúcho, até mesmo no ano do seu rebaixamento e agora no primeiro turno, na Vila.

O time está melhor montado e não será como no começo do ano, temos um técnico mais entrosado e com boas peças no elenco. Serão dez jogos difíceis, truncados e até sonolentos, mas as chances existem e podemos buscar essa vaga na Libertadores tão sonhada, e que nos foi arrancada neste ano.

Boa sorte, torcedor. Vamos precisar.