Como é chato querer falar de Santos e as últimas notícias tratarem apenas do extracampo. Ainda se fosse alguma coisa de vestiário ou questões com o técnico… Mas o problema é mais embaixo, trata-se de pura politicagem.

Eu, sinceramente, sou contra o impeachment do presidente e acredito que o assunto só ganhou toda essa força por causa do “caso Sánchez”. Convenhamos que o Peres, de fato, foi omisso e amador, e seus dizeres durante o processo judicial foram de arrepiar os cabelos, mas ele não comanda o clube sozinho e foi o único a dar as caras no período.

Parece uma briga de bairro, um querendo passar a perna no outro e o Santos Futebol Clube sendo tratado como a última opção.

Se formos colocar no papel os últimos jogadores contratados, o Cuca, os jogos em São Paulo, os ingressos acessíveis e mais benefícios do Sócio Rei, eu vejo um lado positivo na sua gestão. Convenhamos que ele pegou um clube totalmente quebrado.

Peres, para mim, é um cara mal assessorado e ingênuo, mas corrupto eu não acredito que ele seja.

Tudo começou errado. Dois homens com visões e ideias diferentes se unindo para gerir uma empresa, era óbvio que não acabaria bem. Às vezes parece que no papel a ideia era incrível, e quando eles viram que ela havia se tornado realidade tomaram um susto.

O que nos resta agora é assistir a uma briga de egos e esperar que o nosso time não seja esquecido. Aliás, falando em time, falando em futebol dentro de campo, o Santos vai muito bem. Boas atuações e um ótimo trabalho do nosso treinador, a Libertadores é um sonho alcançável e eu estou orgulhosa desse elenco.

É uma pena que o que mais se fala do nosso clube envolva politicagem e desorganização, diminuindo a credibilidade e expondo a fragilidade administrativa do Santos.