Faz tempo que eu não acordo e fico feliz por ser dia de jogo, faz tempo que não sento no sofá ou vou para o estádio com um bom pressentimento. Santos em campo é sinal de alerta, é aquela sensação de angústia porque por mais fácil que a partida pareça, a gente sabe que o time vai torná-la complicada.

No ano passado éramos um time muito mais regular, não éramos brilhantes, mas em nenhum momento eu me senti como me sinto agora, com medo de tomar goleada de qualquer adversário um pouco mais organizado e com muito receio de qualquer que seja o resultado do sorteio da Copa do Brasil ou da Libertadores.

Um time totalmente sem identidade e perdido me torna uma total hipócrita, uma santista que em uma semana está pensando no tri mundial e na semana seguinte só quer se manter na Série A. São cinco derrotas consecutivas fora de casa, e o que é pior, mesmo nas vitórias o time não convence. Não jogamos bons 90 minutos nenhuma vez em 2018. E não temos jogadores regulares. Não há no Santos alguém que consiga manter um bom futebol por três partidas, nem mesmo Vanderlei está atingindo esse feito. Isso deixa o torcedor enlouquecido!

Muitos imploram pela saída de Jair, mas outro treinador não trará um novo elenco, nem R$ 1 bilhão. E outra: quem? Quem em sã consciência se arriscaria a comandar o Santos? Eu, sinceramente, recusaria a proposta.

Eu olho para a escalação de hoje e não acho o erro. A zaga não é ruim, Dodô é um bom lateral, Alison dá até o sangue nos jogos, Gabriel está se encaixando – ainda mais jogando pelas pontas -, Rodrygo evolui a cada jogo…. Poxa, temos boas peças e o time simplesmente não joga futebol. Concordo que Vitor Bueno e Sasha estavam abaixo no clássico, o meio tem dificuldades gigantescas para criar (até exalto aqui o chute de fora de Jean Mota simplesmente porque são raras essas tentativas), mas no papel o elenco é mil vezes melhor do que o time apresenta.

Falta confiança, parece uma equipe medrosa. Não nos arriscamos, vivemos na eterna espera de um erro do adversário para sequer chegarmos perto da área e, normalmente, quando chegamos é a partir de chutões sem qualidade. Nem Gabriel nem Rodrygo deram um chute ao gol no Morumbi. Todo apito final parece que tira um peso das costas do torcedor, e a partida contra o São Paulo foi mais um exemplo disso. No domingo nós já estávamos com medo do Cruzeiro no próximo final de semana, e olha que o jogo será em casa.

Pode ser que na semana que vem eu esteja falando que o Gabriel e o Rodrygo deveriam estar na Rússia, mas hoje meu sentimento é de pura tensão, esperando que apitem logo o fim de 2018.

(Queria tornar o #desacreditanão meu fim fixo dos textos, mas hoje minha hashtag está de luto, tomara que a reconquistem).