Você certamente já ouviu o mantra de que “a base sempre salva o Santos”, não ouviu?

Se nada mudar nos próximos meses, porém, provavelmente a expressão não será mais ouvida em pouco tempo.

A base do Santos pede socorro há tempos e não há qualquer profissional no clube hoje em dia capaz de ajudar.

No ano passado, o primeiro da gestão Marcos Maturana, o Santos teve o pior desempenho de sua história recente em campeonatos de base. Nenhum título conquistado, fracasso retumbante no sub-20, eliminado na primeira fase de todas as cinco competições que disputou, desempenho pífio no Mundial Sub-17 (lanterna do grupo).

No final do ano, o clube dispensou Felipe Cardoso (sub-15), que foi para o Flamengo, no início deste ano o lateral Luan Vitor e o meia-atacante Reifit (sub-17) foram dispensados e acertaram com o Corinthians. Os zagueiros Robson Bambu e Matheus Guedes já deixaram o clube de graça, Sandry tem a renovação travada, Taílson teve o contrato encerrado.

Reclamações de como as decisões são tomadas no clube chegam a todo momento no DIÁRIO, seja por pais de atletas, empresários e até mesmo dirigentes de outros clubes.

Os ex-atletas que eram responsáveis pela captação de atletas foram demitidos e a reposição até agora não deu resultado. Os grandes destaques em todas as categorias são jogadores que já estavam no clube.

O caso mais emblemático talvez seja aquele que envolve a Copa São Paulo. Foram contratados em agosto do ano passado sete jogadores para “reforçar” o time na edição deste ano, mas apenas um deles foi inscrito e pouco jogou. Os outros ficaram fora por “deficiência técnica” e o time foi eliminado na primeira fase.

Somado a isso existe o problema do CT Meninos da Vila, que há tempos não atende a necessidade de um grande clube formador como o Santos. Hoje, na realidade, o Santos perde em estrutura nas divisões de base para quase todos os outros grandes clubes do Brasil.

Sem a melhor estrutura, sem olho clínico para encontrar talentos e sem profissionais capacitados para a gestão do departamento, o futuro é sombrio para um clube que sempre foi referência na formação de atletas.