Alison tem a garra para ser o capitão do Santos (Crédito: Ivan Storti/SantosFC)

1. Somos mais dependentes do Soteldo do que imaginei. Depois do jogo contra o Botafogo pudemos perceber o quanto a efetividade e criatividade do ataque passa pelo venezuelano. Não conseguimos nos primeiros jogos agredir e pressionar o adversário como fizemos com ele em campo. Ele é “chato”, é insistente, incansável e extremamente rápido. Soteldo – talvez por estar na seleção pré-olímpica- chegou sem nenhuma dificuldade de jogar os 90 minutos e em sua primeira partida foi o melhor em campo.

2. Um novo Rodrygo não será tão simples de ser achado. Nosso Rayo se foi e está construindo uma bela carreira na Espanha, mas talvez estamos mais distantes do que imaginávamos de achar outro talento a sua altura nas terras da Vila Belmiro. O torcedor já está desiludido com Yuri Alberto – parceiro de Rodrygo – Kaio Jorge e Tailson não impressionaram e o menino Reinier está só começando. É claro que eles necessitam de mais minutos, mas a postura excepcional e a visão de jogo do Rayo… isso era nato e claramente diferenciado.

3. Victor Ferraz faz falta e Vanderlei nem tanto. Eu achei que seria bem mais difícil ficar sem o antigo camisa 1, porém, Everson – e até Vladimir – estão suprindo bem a posição e até mesmo Vanderlei ainda não abrilhantou com a camisa tricolor gaúcha. Eu gosto do Pará, mas não ter um reserva e nem uma previsão para a chegada aos gramados de Madson me faz sentir falta do meu véi.

4. A gente não precisava tanto assim de um centroavante. Depois da chegada e das atuações de Uribe, podemos perceber que Sasha é superior ao colombiano e que toda expectativa pelo 9 ficou para trás – até mesmo o jogador desistiu da camisa. Raniel chegou e vem fazendo um bom trabalho. É nítido o quanto fizemos um mal negócio com o colombiano.

5. Nós não tínhamos um capitão. Eu sempre reclamei do fato do Gustavo Henrique usar a tão tradicional faixa do Zito, ainda mais depois das especulações sobre a sua saída. Hoje, vendo a braçadeira no Alison eu percebo a falta que fazia ter alguém que efetivamente veste a camisa e se doa em jogo.

6. Lucas Veríssimo faz muito mais falta do que Gustavo Henrique e é titular absoluto. A atual dupla de zaga ainda não mostrou uma grande segurança em campo e não conseguiu convencer, sinto falta de ter Veríssimo no setor defensivo e do seu potencial na saída de bola, assim que voltar de lesão com certeza retomará sua posição.

7. O Presidente precisa aparecer mais. Entre dinheiro atrasado, questão Cueva, questão Derlis, questão Soteldo, questão Sereias e tudo mais o que aconteceu esse ano, o Presidente precisa de uma postura mais ativa, até mesmo para não deixar que as famosas “fake news” se espalhem. As grandes críticas de Peres ao Sampaoli eram porque ele se metia e respondia o que não lhe cabia, mas se torna impossível cobrir o Santos tendo uma gestão omissa durante as polêmicas.

8. Estávamos certos sobre o Jobson e sobre a base. A torcida aclamou por um ano inteiro para que o treinador colocasse mais os meninos, demorou um tempo, mas agora temos um comandante que nos ouviu. Dar chance para jovens como Jobson e para a base está no DNA do Santos. Esse olhar poderia ter impedido certas contratações de 2019 que ainda custam caro.

9. A novela Cueva foi pior do que imaginávamos – nada a declarar sobre esse tópico.