Sandry entrou e colocou o jogo embaixo do braço (Crédito: Ivan Storti/SantosFC)

O empate em 0 a o com o Boca na primeira partida das semifinais da Copa Libertadores deixou o torcedor do Santos com um misto de frustração e revolta. O Peixe poderia ter deixado Buenos Aires com uma vitória pela atuação e pela não marcação de um pênalti claro em cima do atacante Marinho.

Nada do que eu possa escrever aqui vai mudar esse contexto. No entanto, podemos olhar o copo meio cheio e perceber que a partida dessa quarta-feira deu boas sinalizações para o torcedor, já pensando na partida da próxima quarta, na Vila Belmiro. Vou listar cinco delas:

1) Equilíbrio emocional e maturidade – Na segunda-feira, o DIÁRIO publicou uma entrevista do Canhão Pepe em que ele pedia cabeça no lugar e destacava a necessidade de o Santos começar a partida com 11 e terminar com 11.

Não faltou maturidade para os jogadores do Peixe. Não entraram em onda, não se envolveram em confusão e não saíram do controle mesmo após a não marcação do pênalti. Meninos que eram bebes no último confronto entre Santos e Boca, em 2003, mostraram um grande crescimento. Até o atacante Marinho, que normalmente é o jogador mais esquentadinho do elenco, se comportou bem.

Vai ser preciso repetir a dose no jogo de volta.

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2) A atuação de Lucas Veríssimo – O torcedor do Santos, em sua maioria, nunca questionou a qualidade técnica do zagueiro Lucas Veríssimo. No entanto, com o imbróglio envolvendo a sua transferência, os santistas passaram a questionar o seu comprometimento com o clube. Havia um temor de que, com o acerto da negociação com o Benfica, o zagueiro “tirasse o pé” no confronto contra o Boca.

Não foi o que aconteceu. Lucas Veríssimo teve mais uma grande atuação e foi um dos destaques do Peixe no confronto. Se repetir a atuação na quarta, tem tudo para sair do clube em alta.

3) A recuperação de Soteldo – A temporada de Soteldo está longe de lembrar a de 2019, quando ele foi um dos grandes destaques do Santos. A Covid ainda o afastou da equipe no confronto contra o Grêmio e ele não voltou no mesmo ritmo nos últimos jogos do Brasileiro, o que é até natural e esperado.

No primeiro tempo do jogo desta quarta, entretanto, Soteldo lembrou o atacante de 2019, que infernizava os defensores adversários. Muitas vezez, o venezuelano colocou os argentinos para “bailar” no confronto. Ele saiu cansado no segundo tempo e, com mais uma semana de preparação e descanso, tem tudo para fazer um grande jogo na volta.

4) Alison e Pituca – A combinação, muitas vezes criticada pelos torcedores, funcionou. Assim como fez com Jean Pyerre no confronto contra o Grêmio, Alison ficou encarregado de vigiar Tevez e deu conta do recado. Ele mostrou mais uma vez que é um jogador útil para determinadas partidas.

Com Alison em uma missão bem específica, Pituca foi mais primeiro volante mesmo e mostrou novamente que esse é seu habitat natural, com uma ótima atuação.

5) Sandry, que jogador – Por último e não menos importante, longe disso, vale destacar a atuação do garoto Sandry. O Boca Juniors foi melhor que o Santos por dez minutos em todo o jogo, os primeiros minutos do segundo tempo. Foi nesse período que o clube argentino ameaçou uma pressão e o Santos correu riscos.

Então, Sandry, de apenas 18 anos, entrou e colocou o jogo embaixo do braço. Que atuação. Ele entrou aos 10, deu um chute de fora da área aos 16 e o Santos teve duas grandes chances em sequência, com Marinho e Kaio Jorge.

Não pode sair do time!